UE pede a G20 que não retire estímulos para combate à Covid-19 de forma prematura

Publicado em 22/02/2021 16:30

A União Europeia (UE) vai apelar aos líderes financeiros do G20 nesta semana para que continuem a injetar dinheiro na economia global enquanto for necessário para a recuperação da pandemia da Covid-19, de acordo com um documento preparado para o encontro.

Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 vão realizar uma videoconferência na próxima sexta-feira, e a resposta global aos estragos sem precedentes causados pelo coronavírus na economia estará no topo da agenda.

"As políticas fiscais devem continuar provendo apoio, pelo tempo que for necessário, e não serem retiradas prematuramente", trouxeram os termos de referência de todas as delegações europeias presentes na reunião.

"A resposta fiscal daqui para frente deve continuar a ser cuidadosamente calibrada e regularmente revisada, à luz da incerteza associada à pandemia... e da necessidade de evitar efeitos de piora das políticas", disse o documento, aprovado por todos os governos da UE.

A pandemia, que tem assolado a economia mundial desde fevereiro de 2020, está afetando países pobres com dívidas relativamente grandes mais do que outras nações, já que as economias não possuem a possibilidade de estimular suas respectivas recuperações por meio da emissão de muita dívida nova.

A UE disse que, portanto, apoiaria e prorrogaria uma iniciativa do G20 do ano passado, que suspendeu o serviço da dívida dos países pobres por mais seis meses. Mas também deixou a porta entreaberta para fazer mais, se necessário.

"A UE está aberta a discutir opções para reduzir a pressão financeira sobre os países de baixa renda, caso eles enfrentem pressões financeiras, e aguarda ansiosamente a análise do FMI e do Banco Mundial das necessidades de financiamento externo nos países em desenvolvimento de baixa renda nos próximos anos", mencionou o documento.

Autoridades afirmaram que ninguém na UE propôs uma discussão sobre um perdão de parte da dívida de países pobres, mas houve reconhecimento de que o problema pode ser mais profundo do que apenas suspender o serviço da dívida.

Fonte: Reuters

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