Rejeição a imposto sobre transações cai com vinculação a contrapartidas, mostra XP

Publicado em 18/08/2020 15:54

Pesquisa de opinião da XP mostra que a rejeição à criação de um imposto sobre transações é elevada, com 78% dos entrevistados dizendo discordar da ideia, mas que essa oposição cai se a cobrança for atrelada a contrapartidas.

Se o novo tributo for vinculado a um programa para substituir o Bolsa Família, 43% disseram discordar da sua criação, enquanto também 43% se revelaram favoráveis, mostrou a sondagem divulgada nesta terça-feira. Se ele for usado para substituir impostos pagos por empresas para facilitar novas contratações, 37% disseram discordar e 46%, concordar.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem defendido a implantação de um tributo sobre transações, afirmando que sua arrecadação permitirá ao governo desonerar a folha de pagamento das empresas e criar um novo programa de complementação de renda com valores superiores aos pagos pelo Bolsa Família.

Guedes argumenta, sem dar detalhes, que a nova tributação será diferente da CPMF, que vigorou de 1997 a 2007, incidindo sobre movimentações financeiras.

A pesquisa XP, que realizou 1.000 entrevistas nos dias 13 a 15 deste mês, apontou que 59% das pessoas disseram não se lembrar como era cobrada a CPMF. Dos consultados, apenas 10% disseram estar bem informados sobre a reforma tributária em discussão no Congresso.

(Redação Brasíia)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Índice de ações STOXX 600 cai na Europa pressionado por setores de mineração e de luxo
Dados do Brasil sugerem desinflação mais lenta e função do BC é ser mais conservador, diz Galípolo
S&P 500 e Nasdaq sobem com foco em dados de inflação e balanços do terceiro trimestre
Galípolo diz que sempre ouviu de Lula a garantia de liberdade na tomada de decisões no BC
China mira conhaque da UE em resposta a tarifas sobre veículos elétricos
Ibovespa recua com declínio de commodities; Azul dispara