Prorrogação custará R$ 100 bi e renda mínima só com mais imposto, diz Mansueto
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse ontem que a prorrogação do auxílio emergencial terá um custo extra de pelo menos R$ 100 bilhões. O secretário, que deixará o cargo no próximo mês, afirmou ainda que a criação de novos programas sociais (como renda mínima) poderá exigir aumento de impostos no futuro.
Mansueto confirmou que o governo avalia o pagamento de mais duas parcelas de R$ 600 ou o pagamento de mais parcelas, com redução escalonada de valor - como anunciado semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em ambas os casos, o custo seria o mesmo, levando a projeção de déficit nas contas públicas deste ano para mais de R$ 800 bilhões. "A renovação de auxílio emergencial pode levar o déficit primário a 11,5% do Produto Interno Bruto (PIB), com um déficit nominal de 15% do PIB, no nível dos Estados Unidos", disse ele.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Manutenção da estabilidade de servidor é uma das premissas da reforma administrativa, diz secretário
BRASÍLIA (Reuters) - O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do ministério da Economia, Paulo Uebel, disse nesta segunda-feira que entre as premissas estabelecidas pelo presidente Jair Bolsonaro para a reforma administrativa estão a preservação da estabilidade dos atuais servidores e a não redução de vencimentos.
Em videoconferência do lançamento da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, Uebel afirmou que as outras premissas são a preservação do emprego dos servidores que já trabalham e a garantia da sustentabilidade financeira do Estado para pagar os servidores em dia.
Questionado sobre o encaminhamento da reforma ao Congresso, o secretário disse que, antes do início da pandemia no Brasil, a proposta em torno do tema já estava pronta, mas os impactos emergenciais do Covid-19 postergaram o seu encaminhamento.
"Passando a situação da pandemia, normalizando o país, nós vamos retomar as agendas de reformas estruturais e a reforma administrativa será uma delas. Agora, nós temos que ponderar, no momento do envio, quando é o melhor momento político", disse, mencionando o calendário de eleições municipais e das presidências da Câmara dos Deputados e Senado.