Dólar sobe em linha com exterior à espera de ações do G-7 sobre coronavírus
O dólar futuro para abril, que concentra a liquidez, opera em alta desde a abertura desta terça-feira, 3, em meio ao dólar forte no exterior com a espera de possíveis ações de estímulos pelo G-7 (grupo de países mais industrializados do mundo) para combater os efeitos do coronavírus na atividade econômica global.
Com isso, o dólar à vista já devolveu a queda de mais cedo e passou a subir, depois de já computar ganhos nas últimas nove sessões. Na segunda-feira, a moeda à vista fechou em R$ 4,4870 - recorde nominal desde o Plano Real.
No exterior, o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, sobe nesta terça-feira, devolvendo parte das fortes perdas de ontem. Os investidores monitoram a teleconferência de ministros de Finanças e dirigentes de bancos centrais do G-7, mas não esperam que a conversa renda estímulos monetários ainda nesta terça.
Contudo, após os BCs da Austrália e Malásia terem cortado juros hoje, há expectativas de reduções também pelo Banco do Canadá nesta quarta-feira, pelo Federal Reserve (Fed) em 18 de março e pelo Banco da Inglaterra (BoE) no fim deste mês.
O Banco Central Europeu (BCE) também disse estar pronto para tomar medidas apropriadas e, na Ásia, o Banco do Povo da China e o Banco do Japão prometem novos estímulos à economia, após o Banco Mundial e o FMI oferecerem "financiamento emergencial" como uma possibilidade a países para lidar com o "desafio econômico" representado pelo vírus.
Além do pronunciamento do G-7, os investidores devem monitorar à tarde a votação no Congresso brasileiro dos vetos presidenciais.
Às 9h26 desta terça, o dólar à vista subia 0,05%, aos R$ 4,4894, enquanto o dólar futuro para abril avançava 0,31%, a R$ 4,4965.