Ibovespa fecha em queda de 0,91%; IRB desaba... mas Itaú tem alta de 12,6%

Publicado em 10/02/2020 18:17

Por Lynx Insight Service

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta segunda-feira, marcada pelo tombo de X% do IRB Brasil, enquanto Itaú Unibanco avançou antes do balanço.

O Ibovespa <.BVSP> fechou em baixa de 0,91%,​​ a 112.729,99​ pontos. O giro financeiro da sessão somou 23,4 bilhões de reais.

Nas pontas do índice, Itaúsa ​ subiu 2,7%, enquanto IRB Brasil teve baixa de 16%.

Entre as ações com maior participação no Ibovespa, Itaú Unibanco ganhou 2,17%. Bradesco  teve ganho de 1,57%. ​Banco do Brasil perdeu 0,60% e Santander Brasil apurou avanço de 2,07%.

Vale fechou em baixa de 3,51% e Petrobras PN  teve ganho de 0,28%, enquanto Petrobras ON  caiu 0,6%.

O Ibovespa agora acumula desvalorização de 2,96% no ano. O índice está 7,1% acima da média dos últimos 200 dias de negócios. Nas últimas 52 semanas, o Ibovespa sobe 17,7%. ​​

Itaú Unibanco tem alta de 12,6% no lucro do 4º tri

SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco, maior banco em ativos do país, teve alta de 12,6% no lucro do quarto trimestre, principalmente por conta do crescimento do crédito ao consumidor, das comissões do banco de investimento e das taxas de administração de fundos.

O banco informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido recorrente, que exclui itens únicos, de 7,296 bilhões de reais no quarto trimestre, em linha com a estimativa de consenso dos analistas compilado pela Refinitiv, de 7,242 bilhões.

Ainda assim, o retorno sobre o patrimônio do banco, uma medida de rentabilidade, chegou a 23,7%, acima da expectativa dos analistas de 22,4%.

Apesar do lucro crescente, o Itaú reduziu o percentual de lucro distribuído aos acionistas, para 66,2%, de 87,2%, somando 18,8 bilhões de reais.

Embora o crescimento da carteira de empréstimos tenha acelerado no trimestre para 2,6%, impulsionado por crédito ao consumidor, o banco registrou maiores perdas em empréstimos corporativos, principalmente em suas unidades no Chile e na Colômbia.

As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 70,1% em relação ao ano anterior, para 5,811 bilhões de reais.

O Itaú Unibanco também aproveitou para reforçar as provisões após registrar ganhos extraordinários com o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), seguindo movimentos semelhantes dos rivais Bradesco e Santander Brasil.

A receita de tarifas e os ganhos com seguros aumentaram 11,9% em relação ao ano anterior. As taxas de administração de fundos e as comissões do banco de investimento compensaram uma concorrência mais acirrada nos negócios de pagamentos de empresas novatas no mercado, como PagSeguro e StoneCo.

O banco também se beneficiou de um setor financeiro que enfrenta a chegada de inúmeros novos participantes. O Itaú registrou um ganho extraordinário de quase 2 bilhões de reais depois que a maior corretora digital do Brasil XP, na qual o Itaú possui uma participação minoritária, listou suas ações na Nasdaq em dezembro.

O Itaú também disse que sua carteira de empréstimos deve crescer entre 8,5% e 11,5% este ano, em linha com o crescimento de 10,9% em 2019, apesar da recuperação econômica do Brasil.

A instituição também vê despesas com perdas em empréstimos aumentando para entre 18,5 bilhões e 22 bilhões de reais, ante 18 bilhões no ano passado.

O presidente-executivo, Candido Bracher, discutirá os resultados do banco em teleconferências com jornalistas e analistas na manhã de terça-feira.

Banco BV (Votorantim) pede registro para IPO

SÃO PAULO (Reuters) - O BV, ex-Banco Votorantim, pediu registro para sua oferta inicial de units (IPO, na sigal em inglês), à medida que o juro básico do país na mínima histórica amplia a lista de empresas que buscam o mercado de capitais para financiar o crescimento.

O documento confirma informação publicada pela Reuters na sexta-feira, citando fontes, de que a assinatura de um novo acordo de acionistas do BV abria espaço para pedido do IPO. A operação era inicialmente prevista para acontecer em abril, com valor total previsto de cerca de 5 bilhões de reais, sendo 1 bilhão de uma oferta primária, enquanto os 4 bilhões restantes corresponderão à oferta secundária, com BB e Votorantim Finanças levando 2 bilhões cada, afirmaram as fontes.

Segundo informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação será coordenada por Goldman Sachs, JPMorgan, BB Investimentos, Itaú BBA, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e UBS. Cada unit vai representa uma ação ordinária e duas preferenciais do banco.

Banco do Brasil e Votorantim Finanças, braço do Grupo Votorantim, serão os acionistas vendedores na tranche secundária da oferta.

No prospecto preliminar publicado nesta segunda-feira, o BV afirma que pretende usar recursos da oferta primária --ações novas, cujos recursos vão para o caixa da companhia, para ampliar oferta de crédito e para investimentos na BVx, sua unidade de negócio de inovação.

Quinto maior banco privado do país em ativos, o BV se apresenta como líder no financiamento de veículos usados, com 25% de participação no setor, que tem experimentado recuperação desde 2019, em linha com a retomada gradual da economia.

O BV também se considera como instituição financeira do país mais conectada a startups e fintechs e tem parcerias com plataformas como GuiaBolso, o Banco Neon e o grupo de empréstimos educacionais Pravaler.

IPCA para 2020 passa de 3,40% para 3,25%, aponta Focus

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 10, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 3,40% para 3,25%. Há um mês, estava em 3,58%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,75%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,25% em janeiro.

Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2020 estava em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.

No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 3,40% para 3,16%. Para 2021, a estimativa do Top 5 foi de 3,75% para 3,73%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,50% e 3,75%, nesta ordem.

No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, ante 3,75% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,50%, ante 3,75% de quatro semanas antes.

Fonte: Reuters

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