Wall Street tem nova alta com fortes dados econômicos; Índice S&P 500 atinge recorde de alta

Publicado em 17/12/2019 22:25

NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street avançaram nesta terça-feira, estendendo seu rali de recordes, à medida que fortes dados da construção e da indústria aumentaram a confiança dos investidores na economia dos Estados Unidos.

O índice industrial Dow Jones subiu 28,89 pontos, ou 0,1%, para 28.264,78, o S&P 500 ganhou 0,86 pontos, ou 0,03%, para 3.192,31 e o índice tecnológico Nasdaq acrescentou 9,13 pontos, ou 0,1%, para 8.823,36.

O índice S&P 500 atingiu um recorde de alta pela quarta sessão consecutiva, acumulando valorização, no ano, de 27%, impulsionado pelo progresso em direção a um acordo comercial entre EUA e China, além de um Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) expansionista e indicadores econômicos favoráveis.

O início de construção de imóveis residenciais norte-americanos aumentou mais do que o esperado em novembro e as licenças de construção avançaram no mesmo período para o maior nível desde maio de 2007.

Dados do Banco Central também mostraram que a produção industrial aumentou mais do que o esperado em novembro, com o fim de uma greve na General Motors impulsionando a produção de automóveis.]

"A maioria dos dados mostra que a economia global está se estabilizando e a economia dos EUA está em uma base sólida", disse Keith Lerner, estrategista-chefe de mercado da Truist/SunTrust Advisory Services em Atlanta. "O mercado tem reavaliado para baixo as chances de um risco de recessão."

O índice financeiro do S&P 500, que tende a ser economicamente sensível, subiu 0,5% para um patamar recorde com os dados positivos. Entre os principais setores do S&P 500, o financeiro foi o que adicionou mais ganhos ao índice de referência.

As ações da Home Depot subiram 1,00% com os dados da habitação e estavam entre as maiores impulsionadoras do Dow Jones. As ações da Cos, da rival Lowe, caíram 0,6%, depois de terem subido no início da sessão.

As ações da Netflix valorizaram 3,7%, entre os maiores ganhos percentuais do S&P 500, depois que o provedor de serviços de streaming afirmar na segunda-feira que seu crescimento no exterior, particularmente dos negócios na Ásia e Pacífico, estavam se acelerando.

As ações da Apple atingiram um recorde e terminaram com ganhos marginais, em um aumento de 0,2%.

Após a empresa FedEx Corp divulgar o seu resultado trimestral, os ativos da companhia de entrega de pacotes recuou cerca de 6%.

S&P e Fitch retiram alerta de corte dos ratings do Reino Unido após vitória de Johnson

(Reuters) - As agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch recuaram de seus alertas de que o Reino Unido pode sofrer um novo corte em sua nota de crédito, afirmando que a vitória enfática do primeiro-ministro Boris Johnson nas eleições da semana passada reduziu o risco de que ocorra um Brexit sem acordo no mês que vem.

A S&P elevou a perspectiva britânica de negativa para estável, enquanto a Fitch retirou o país de sua lista negativa de observação, mas manteve a perspectiva ampla em negativo.

Johnson conquistou uma maioria parlamentar além do esperado na eleição geral britânica, quebrando o impasse sobre como (e até mesmo se) proceder com o Brexit. O Reino Unido deve deixar a União Europeia em 31 de janeiro.

Agora Johnson planeja aprovar uma lei para impedir que o país solicite uma extensão do período de transição do Brexit, que está programado para expirar em 31 de dezembro de 2020.

Muitos especialistas em comércio dizem que com isso haveria muito pouco tempo para o estabelecimento de um acordo sobre futuros laços comerciais, aumentando a perspectiva de tarifas e outras barreiras ao comércio.

A S&P afirmou esperar que um Brexit sem acordo no fim do ano que vem seja evitado por um pedido de mais tempo por Londres.

"Apesar da atual posição do governo, esperamos que o Reino Unido procure e a UE conceda uma extensão além de dezembro de 2020 para negociar o relacionamento futuro entre os dois", disse a agência.

A Fitch, por sua vez, disse que o risco de um Brexit caótico ao final de 2020 não desapareceu.

Fonte: Reuters

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