Aneel abre consulta pública para leilão de energia existente A-4 e A-5

Publicado em 17/12/2019 14:47

Por Anne Warth - Estadão Conteúdo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou abertura de consulta pública para realização dos leilões de energia existente A-4 e A-5, previstos para 30 de abril de 2020. Será a primeira vez que a Aneel realiza leilões de energia existente com prazo de suprimento de energia de 15 anos. A disputa será realizada em etapas sequenciais: primeiro o A-4 e depois o A-5.

"É um leilão inovador", afirmou o relator, diretor Rodrigo Limp.

Os contratos do leilão A-4 começam em 1º de janeiro de 2024 e se encerram em 31 de dezembro de 20238. Já os do leilão A-5 têm início em 1º de janeiro de 2025 e término em 31 de dezembro de 2039. Serão contratadas termelétricas por disponibilidade a gás natural e carvão mineral nacional.

A licitação será realizada em razão do vencimento de contratos de grandes volumes de energia proveniente de leilões realizados em 2005, 2006 e 2007, além de contratos do programa prioritário de termelétricas.

Segundo a Aneel, em 2023 e 2024 devem vencer, respectivamente, contratos de 1 GW e de 1,4 GW, produzidos por termelétricas a gás, carvão, diesel e óleo combustível. O objetivo é substituí-las por térmicas mais eficientes. Desta vez, diesel e óleo combustível serão vetados.

Com o leilão, a Aneel espera reduzir o custo médio das termelétricas dos atuais R$ 1.000 por MWh por algo abaixo de R$ 300 por MWh. "São usinas caras, com uma certa ineficiência, que poderão ser substituídas por outras mais eficientes, o que pode reduzir as tarifas de energia pagas pelo consumidor", afirmou Limp.

Novos empreendimentos também poderão disputar a licitação, desde que entrem em operação até 31 de dezembro de 2023, no caso do leilão A-4, e até 31 de dezembro de 2024, no caso do leilão A-5. Usinas mais antigas poderão disputar a licitação caso façam retrofit - ou seja, substituam o combustível.

A consulta pública ficará aberta entre os dias 29 de dezembro a 3 de fevereiro.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

NOTÍCIAS RELACIONADAS

BC eleva Selic em 0,50 ponto, a 11,25%, e defende que governo adote medidas fiscais estruturais
Índices de ações batem recordes com retorno de Trump à Presidência
Ibovespa tem queda modesta após eleição de Trump; Gerdau dispara
Após pressão trazida por Trump, dólar cai abaixo de R$5,70 no Brasil com fiscal no foco
Expectativa por medidas fiscais faz taxas longas de juros caírem após picos com vitória de Trump
Brasil espera relação civilizada com EUA sob Trump, diz Amorim