Brasil será mudado por meio da obediência à Constituição, diz Bolsonaro

Publicado em 27/10/2018 12:50

(Reuters) - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de domingo, disse neste sábado que obediência à Constituição e às leis é o caminho para mudar o Brasil e garantiu que adotará este caminho caso seja eleito presidente.

Bolsonaro fez os comentários em sua conta no Twitter na véspera do segundo turno da eleição presidencial, quando enfrentará o petista Fernando Haddad, e após uma série de comentários dele e de aliados que geraram temores de uma eventual ameaça à democracia, caso o capitão da reserva do Exército chegue ao Palácio do Planalto.

"A forma de mudarmos o Brasil será através da defesa das leis e da obediência à Constituição, Assim, novamente, ressaltamos que faremos tudo na forma da Lei! Qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não pode ser admitida. Todo cidadão terá seus direitos preservados", escreveu Bolsonaro.

"Todo cidadão, para gozar de seus plenos direitos, deve obedecer às leis e cumprir com seus deveres. Qualquer pessoa no território nacional, mesmo não sendo cidadã brasileira, tem direitos inalienáveis como ser humano, assim como tem o dever de obedecer as leis do Brasil."

Coligação de Bolsonaro entra com ação para ter acesso à sala-cofre no TSE

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A coligação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) entrou nesta sexta-feira com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ter acesso junto com o PT à sala-cofre da corte, por onde passam os dados sigilosos da apuração de uma eleição, disse nesta sexta-feira o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que antecipou que se o pedido for negado haverá recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Onyx, que foi indicado como futuro ministro da Casa Civil caso Bolsonaro seja eleito, na lei brasileira eleitoral não há nada que impeça o acesso e considera que a presença dos “fiscais” será importante para a lisura do processo.

Desde antes do primeiro turno, Bolsonaro e seus apoiadores vêm questionando a votação eletrônica no país e defendendo a necessidade de se implantar o voto impresso no Brasil.

Supostas falhas em urnas eletrônicas foram denunciadas na votação de primeiro turno pelo partido, rejeitadas pela Justiça Eleitoral.

“O TSE tomou uma decisão que não está suportada por nenhuma lei que foi criar uma sala-cofre.... Ali ficam ministros do TSE e convidados para acompanhar os números na tela e ninguém sabe se são corretos ou não”, disse ele a jornalistas.

“Em nome da transparência que se permita que cinco da nossa coligação e do oponente possam adentrar na sala-cofre”, acrescentou.

Onyx disse que se a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, não acatar o pedido a coligação vai recorrer ao STF para conseguir o acesso.

O pedido feito pela coligação teve como base um super especialista em TI e um corpo jurídico.

“Que medo se tem da transparência?”, questionou.

O disse ainda que realmente, por questão de segurança, se chegou a cogitar que Bolsonaro não fosse votar no domingo, mas se concluiu que a presença dele no domingo tem “um simbolismo muito grande“.

MINISTÉRIOS

Lorenzoni disse ainda que ainda há estudos sobre a possibilidade de fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, apesar de um possível recuo sinalizado por Bolsonaro.

O deputado revelou que o martelo sobre os ministérios ainda não foi batido e que a tendência é de que sejam entre 14 e 16.

“Pedi para ele (Bolsonaro) que a definição dos nomes saia em dezembro... para dar tempo de amadurecer tudo, ajustar e tomar pé das coisas”, finalizou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

 

Fonte: Reuters

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