Guardia defende reformas e teto de gastos em almoço com ministros do STF

Publicado em 03/10/2018 15:15

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta quarta-feira que principal problema do Brasil é o desequilíbrio da Previdência e defendeu mais uma vez a continuidade de reformas econômicas e a manutenção do teto de gastos, temas que abordou em almoço com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O nosso problema hoje é fiscal e a questão central dentro do fiscal é o desequilíbrio do sistema de Previdência", afirmou ele a jornalistas, na saída do encontro.

Guardia disse ter dado aos ministros sua visão acerca da importância do processo de reformas "para que a gente possa continuar uma trajetória de crescimento".

Questionado se a conversa não vinha tarde demais, já que os ministros do STF aprovaram reajuste em seus próprios salários para o ano que vem, Guardia disse que o orçamento do Judiciário não é de responsabilidade do Executivo, mas que está limitado ao teto de gastos, assim como todos os demais poderes.

"Eles respeitando, e respeitam, o teto do poder Judiciário, a alocação de recursos tem que ser por prioridades definidas pelo poder Judiciário. Então por isso a importância da manutenção do teto dos gastos", afirmou.

A proposta de aumento salarial de 16,38 por cento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) implicará gasto adicional total de 4 bilhões de reais em 2019, em todas as esferas de governo, segundo cálculos das consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado divulgados mais cedo neste ano.

(Por Mateus Maia; edição de Marcela Ayres)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall Street avança com alta de apostas em corte de 0,50 p.p. nos juros do Fed
Ibovespa fecha em alta com investidor à espera de decisões de BCs; Azul dispara
Dólar cai abaixo dos R$5,60 com expectativa de corte maior de juros nos EUA
Ações europeias encerram semana em alta e foco do mercado muda para Fed
China pune PwC com 6 meses de banimento e multa recorde por auditoria na Evergrande
Lula chama de "imbecis" defensores de privatização da Petrobras e diz que Lava Jato tentou desmoralizar estatal