Candidato a vice de Bolsonaro fala em crime político, mas pede calma a todos brasileiros

Publicado em 07/09/2018 08:04

BRASÍLIA (Reuters) - O candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo deputado Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, classificou como "episódio covarde" e um "crime político" o esfaqueamento do deputado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

"A pessoa movida por que sentimentos faz um atentado dessa natureza?", questionou Mourão em entrevista à Reuters.

"É um crime político, não tenho a mínima dúvida, Ele não foi enfiar a faca porque queria assaltar", acrescentou.

Apesar da indignação, o candidato a vice disse que o momento é de reduzir as tensões, ainda mais porque não ocorreu o pior.

"Compete a todos os brasileiros se acalmarem e entender que o processo eleitoral é democrático. Não há lado A ou B prejudicado", destacou.

Mourão disse que o autor do atentado está preso e a investigação do episódio vai se transcorrer. À Reuters, ele não quis culpar ninguém pelo atentado e disse que espera que o caso tenha sido uma "ação isolada".

Questionado sobre o fato de o suposto autor do atentado ter sido filiado ao PSOL, ele disse que compete à legenda ao qual ele foi ou é filiado repudiar o fato. O partido já repudiou a atitude, afirmando que o fato de o agressor "ter sido filiado ao PSOL, entre 2007 e 2014, não altera em nada o posicionamento do partido em relação ao inaceitável atentado sofrido por Jair Bolsonaro."

Mais cedo, em nota, Mourão lamentou "profundamente" o atentado e disse que a divisão que vem sendo semeada no país leva a fatos como o ocorrido nesta tarde.

"Somos um povo unido. E essa divisão, que vem sendo tentada no seio de nossa nação, causa cenas dessa natureza. Cenas deploráveis, que não condizem com a política que nós queremos para o nosso Brasil", disse.

Fonte: Reuters

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