Paulo Guedes (economista de Bolsonaro) é a melhor novidade da campanha (em O Antagonista)

Publicado em 24/08/2018 07:14

A entrevista de Paulo Guedes à Globonews mostrou que ele é a melhor novidade da campanha presidencial.

Paulo Guedes defendeu o papel da Lava Jato:

“Estou muito otimista em relação ao Brasil. Você tem de ver que estamos fazendo um aperfeiçoamento institucional extraordinário. Quando você teve o impeachment, foi uma declaração de independência do Legislativo. Aí o Executivo comprou o Legislativo e o Judiciário despertou e prendeu os dois. Está lá o presidente Lula preso, Eduardo Cunha preso, Sergio Moro prendeu os dois.”

PAULO GUEDES ARRASA NA GLOBONEWS (por rodrigo constantino)

O economista Paulo Guedes, PhD por Chicago e possível ministro da Fazenda num eventual governo Bolsonaro, foi o entrevistado da GloboNews nesta quinta. Vale a pena ver na íntegra.

Luciano Trigo comentou: “excelente a entrevista do Paulo Guedes ontem na GloboNews. Objetivo, com ideias claras e propostas ousadas. Daria um ótimo presidente. Isso não muda nada do que venho dizendo aqui, mas Paulo Guedes é, seguramente, entre os que têm chance de chegar lá, o melhor dos candidatos a ministro da fazenda”.

Helio Beltrão disse: “Paulo Guedes ontem na GloboNews foi como um mágico, que dita o ritmo do show (onde já se viu interromper um mágico?), leva a atenção a uma mão enquanto a outra prepara o truque, e mita no final”.

Muitos liberais céticos, com alguma razão, alegam que não é Paulo Guedes o candidato, e sim Bolsonaro, e que um ministro pode sempre ser demitido. Essa é a grande dúvida mesmo, até porque se ela não existisse não faria o menor sentido um liberal deixar de apoiar Bolsonaro. Fabio Ostermann foi um dos que expressaram essa angústia:

Peguei só o finalzinho da entrevista do Paulo Guedes na GloboNews, mas o pouco q vi me agradou mto. Resta saber se estas são as ideias só do assessor econômico ou tb do presidenciável assessorado. Sou cético pelas 3 décadas de evidência em contrário, mas torço p/ q sejam.

Se Bolsonaro realmente mudou ou está usando Paulo Guedes como selo de qualidade, como sua “carta ao povo brasileiro”, é algo que só saberemos depois, caso ele seja eleito. O candidato, porém, tem reforçado sempre que possível sua confiança no economista liberal, e recomendou a entrevista em suas redes:

Eu sou suspeito para falar, pois Paulo Guedes foi meu chefe e guru liberal por seis anos. Tenho total confiança em sua capacidade técnica, em seu patriotismo, em seu preparo para colocar o país na rota. Gostaria de ter a mesma confiança de que Bolsonaro realmente acredita nessa receita liberal…

Rodrigo Constantino

Paulo Guedes fala em coalizão de centro-direita

Na GloboNews, Paulo Guedes avalia que a governabilidade numa eventual grstão Jair Bolsonaro se dará por meio de uma coalizão de centro-direita em torno de uma agenda econômica liberal.

Paulo Guedes quer zerar o déficit fiscal em um ano

A meta de Paulo Guedes é zerar o rombo fiscal em um ano.

Ele disse na Globonews que pretende fazer um ataque frontal às despesas públicas com uma reforma previdenciária, a venda das estatais e uma reforma administrativa.

Ele disse também:

“Se o jogo político é em cima desse aparelho estatal, Brasília é uma Versailles: você só substitui a guilhotina pela guilhotina midiática: um pescoço por dia.”

Bolsonaro: “Conosco não haverá essa politicagem de direitos humanos”

Jair Bolsonaro disse hoje em ato de campanha em Araçatuba, no interior de São Paulo, que, se eleito, deixará de repassar dinheiro da União para movimentos e organizações de direitos humanos, registra o G1.

“Conosco não haverá essa politicagem de direitos humanos, essa bandidagem vai morrer porque não enviaremos recursos da União para eles. Em vez de paz, essas ONGs prestam um desserviço ao nosso Brasil. Precisamos de alguém sentado na cadeira presidencial que respeite a tradicional família brasileira, que tenha Deus acima de tudo, como lema nosso”, discursou o presidenciável do PSL em cima de um carro de som.

Bolsonaro diz que ECA deve ser ‘rasgado e jogado na latrina’

Em sua visita de hoje ao interior de São Paulo, Jair Bolsonaro disse que o Estatuto da Criança e do Adolescente deveria ser “rasgado e jogado na latrina”, relata O Globo.

“É um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil”, declarou o candidato, que na passagem por Araçatuba pegou uma criança no colo e perguntou a ela se sabia atirar. O garoto, aparentando uns quatro anos de idade, usava uniforme da Polícia Militar.

Mais cedo, em visita a Glicério, Bolsonaro já dissera que havia ensinado seus filhos a atirar desde os cinco anos de idade.

Bolsonaro preservado na zona de conforto (JOSÉ FUCS, no BR18/ESTADÃO)

 

A provável ausência de Jair Bolsonaro nos debates com os presidenciáveis neste primeiro turno das eleições, anunciada nesta quinta-feira, 22, gerou muita controvérsia. Seus adversários não perderam a oportunidade de criticá-lo e foram direto na jugular. Mas, apesar do viés antidemocrático da decisão, ela não faz de Bolsonaro um E.T. na história eleitoral do País, goste-se dele ou não. Também não significa, necessariamente, que ele vai perder pontos ou se desgastar por causa disso.

 

Em todas as campanhas desde a redemocratização, quem liderava as pesquisas ou já estava no poder faltou a debates no primeiro turno — e, mesmo assim, venceu a eleição. Cada um tinha suas razões para faltar aos debates e Bolsonaro certamente tem as suas agora. 

Além de não ser um pioneiro, ao ameaçar não participar dos debates restantes, Jair Bolsonaro talvez até ganhe pontos com isso ou no mínimo não perca, ao contrário do que dizem muitos analistas. Na liderança das pesquisas, com cerca de 20% das intenções de voto, boa parte já consolidada em seu favor, Bolsonaro está com um pé e meio no segundo turno. Em sua posição, dá até para entender a decisão de ficar fora dos debates.

 

Com pouco tempo de TV, talvez ele devesse aproveitar a oportunidade para divulgar sua mensagem. Mas, se ele está com a ida ao segundo turno encaminhada, nem precisa se arriscar. O segundo turno, como se sabe, é outra eleição, e aí sua estratégia pode mudar. Mesmo assim, a ausência de Bolsonaro nos debates parece indicar uma postura defensiva, de quem quer proteger o rebanho já conquistado. Talvez possa sinalizar também o reconhecimento de que ele alcançou o seu teto no primeiro turno. (leia a primeira parte da nota aqui) / José Fucs

Lulistas desistem da greve de fome

A greve de fome dos comparsas de Lula deve ser encerrada no sábado, segundo a Folha de S. Paulo.

O criminoso condenado pela Lava Jato continua na cadeia e a greve de fome está acabando em pizza.

Os problemas de "Andrade", por MERVAL PEREIRA, em O GLOBO

Quando o já então ex-presidente Lula escolheu o ex-ministro Fernando Haddad para disputar a eleição na prefeitura de São Paulo pelo PT, em 2012, comentou que ele tinha “jeito de tucano”, e talvez a população da capital pudesse votar nele. Haddad foi eleito, mas não conseguiu se reeleger. Deu errado a transposição do petista para o figurino tucano, e, em 2016, o candidato do PSDB, João Doria, acabou vencendo no primeiro turno, fato inédito na disputa pela prefeitura paulistana. O jeito tucano não resistiu a um mandato.

A vitória imediata de Dória foi decidida nos últimos momentos, pelo voto útil dos que não queriam o PT na prefeitura, que descarregaram os votos no tucano. Lula na ocasião estava livre, leve e solto e não conseguiu transferir votos suficientes para seu escolhido, nem ele convenceu o eleitorado de que era um tucano travestido de petista.

Na eleição de 2010, Lula havia transferido para a desconhecida Dilma sua popularidade transformada em votos, mas é difícil encontrar líderes populares que, sem poder participar da campanha eleitoral presencialmente, tenham tido sucesso. O exemplo clássico é Peron, na Argentina que, do exílio em Madri, lançou para aseleições presidenciais de 1973 Héctor José Cámpora a presidente. Vencedor por larga margem de votos, o novo governo anistia Peron e renuncia, convocando novas eleições presidenciais, vencida por Peron, tendo como vice sua mulher Isabelita. Há no PT quem jogue com essa carta.

Um exemplo que já faz parte da história política brasileira ocorreu na Bahia, em 1982. O candidato oficial era Cleriston Andrade, que morreu em um acidente de helicóptero em outubro, poucos dias antes da eleição, e o governador Antonio Carlos Magalhães, cujo grupo político era hegemônico no Estado, tirou do bolso do colete para sucedê-lo João Durval Carneiro, ex-secretário estadual e várias vezes deputado federal.

A força política de ACM, juntamente com a tragédia levaram Durval Carneiro a ser eleito governador com 53% dos votos em poucos dias de campanha. Além do choque da morte do favorito, havia o fato de que Antônio Carlos Magalhães participou ativamente da campanha, e de Durval Carneiro ser um político conhecido no estado. 

A campanha de Haddad tem um começo claudicante devido à estratégia, definida pelo próprio Lula, de só apontá-lo como sucessor no prazo legal mais longo possível, tentando até o final ser ele mesmo o candidato, o que parece impossível diante da Lei da Ficha Limpa que o torna inelegível.

Para se ter idéia da dificuldade do vice que virará candidato à presidência, no nordeste, onde Lula impera, ele não passa de um desconhecido, o eleitorado tem dificuldade de falar seu nome e já estabeleceu que se chama Andrade. A previsão do PT de que os votos de Lula no nordeste, onde chega a ter até 80% de preferência em alguns estados, se transformarão em votos no “Andrade” pode não ser um sucesso absoluto.

O voto em Lula, até o momento, está disperso entre vários candidatos, a maior parte indo para Marina da Rede e até mesmo para Jair Bolsonaro. Há quem garanta que os votos são para Lula, e não para o PT. E se o eleitor não encontrar o nome de Lula na urna eletrônica, poderá optar por outro candidato que na campanha se aproximar de suas necessidades, ou pelo voto branco ou nulo.  

A estratégia de Lula de levar sua candidatura até o prazo fatal de 17 de setembro, quando a Lei Eleitoral permite a troca de nomes dos candidatos, está sendo boa para ele próprio, que sobe nas pesquisas, mas pode causar problemas para o PT. É certo que a presença de Lula na propaganda eleitoral que começa dia 31 de agosto será contestada pela maioria dos candidatos.

Haddad, de acordo com a tendência majoritária do Tribunal Superior Eleitoral não poderá usar fotos e filmes sobre Lula em sua campanha, além de não ser autorizado a usar a máscara de Lula como vem fazendo nos comícios e carreatas.

O ex-presidente está proibido pela Justiça de gravar programas e dar entrevistas, e pode ser impedido de participar da campanha mesmo com imagens anteriores à prisão. Seria uma propaganda enganosa de um candidato que não está sub-judice, mas impugnado pela legislação eleitoral.

Temer é Haddad

Michel Temer disse a alguns de seus ministros que, no segundo turno, vai votar em Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro, de acordo com Ricardo Noblat.

É mais um FHC.

A última da Gleisi

Gleisi Hoffmann acaba de ir ao Twitter dizer que o PT tem o plano de governo “mais autoexplicativo que existe”.

“As pessoas perguntam: ‘O que vocês vão fazer?’. A gente responde: ‘LULA!’. Todo mundo sabe o que significa!!”, escreveu a presidente do PT.

Claro que sabe, Gleisi. Significa corrupção e lavagem de dinheiro, como mostram as sentenças de Sergio Moro e do TRF-4.

 

Os problemas de "Andrade"

Fonte: O Antagonista/Estadão

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