China diz que não vai disparar primeiro tiro em guerra comercial com os EUA

Publicado em 04/07/2018 08:53

Por Stella Qiu e Ben Blanchard

PEQUIM (Reuters) - A China "não vai absolutamente" disparar o primeiro tiro em uma guerra comercial com os Estados Unidos e não será a primeira a cobrar tarifas, disse o Ministério das Finanças do país nesta quarta-feira.

Uma pessoa com conhecimento do plano disse à Reuters que as tarifas da China sobre 34 bilhões de dólares em produtos dos EUA vão entrar em vigor no início a partir do início da sexta-feira. Dada a diferença de 12 horas, isso coloca sua implementação antes da entrada em vigor das tarifas de Washington. Outras mídias publicaram notícias semelhantes.

Mas o ministério emitiu um esclarecimento breve em resposta.

"A posição do governo chinês foi declarada muitas vezes. Nós não vamos absolutamente disparar o primeiro tiro, e não vamos implementar medidas tarifárias antes que os EUA o façam", afirmou, sem dar mais detalhes.

Washington diz que implementará tarifas sobre 34 bilhões de dólares em produtos chineses em 6 de julho, e Pequim prometeu retaliar com medidas similares no mesmo dia.

Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que a China está pronta para agir, mas não confirmou a data de início das imposições das tarifas chinesas.

"A China já fez preparativos", disse Lu em uma entrevista coletiva diária.

"Desde que os Estados Unidos emitam a chamada lista tarifária, a China tomará as medidas necessárias para proteger firmemente seus interesses legítimos", acrescentou ele, sem dar mais detalhes.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Minério de ferro cai em Dalian com perspectiva de maior oferta Minério de ferro cai em Dalian com perspectiva de maior oferta
Índia deve exportar até 700 mil t de açúcar nesta temporada, diz órgão setorial Índia deve exportar até 700 mil t de açúcar nesta temporada, diz órgão setorial
Confiança do consumidor brasileiro sobe pelo 2º mês com melhora nas expectativas, diz FGV
Dólar ainda tem mais espaço para cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Futuros recuam enquanto investidores avaliam tensões comerciais e balanços
Vice-premiê da China pede ao governo que apoie empresas diante das tarifas dos EUA