Por conta da seca, Argentina deixará de receber US$8 bi

Publicado em 10/05/2018 11:28

A seca que a Argentina enfrentou irá privar o país de receber US$8 bilhões. Em fevereiro, acreditava-se que o impacto seria apenas de US$4 bilhões, mas a perda de 20 milhões de toneladas de soja e 7 milhões de toneladas de milho influenciou no resultado final, como destaca o consultor Horacio Busanello, em artigo publicado no La Nación.

Apesar da seca, os dólares da safra de verão irão seguir sendo a fonte principal de divisas genuínas do Banco Central em um momento no qual a corrida cambiária se encontra intensificada.

A colheita irá aportar mais de US$20 bilhões que serão chave para abastecer a demanda voraz de dólares que a Argentina enfrenta neste momento.

A seca já provocou uma redução de 0,5% no crescimento da economia, mas isso ainda se verá agravado na hora da venda dos grãos, já que a cadeia de pagamentos irá se complicar com a taxa de juros nas alturas.

A escassez de oferta de grãos não está motivada apenas pela seca ou pela atual abundância de chuvas, que atrasa a colheita. A lista de incentivos para não vender e fixar o preço inclui fatores como a redução gradual dos direitos de exportação, as chamadas retenciones, o conflito comercial entre China e Estados Unidos, a corrida cambial volátil, a insegurança dos produtores quanto aos hectares a serem colhidos e o desejo de compensar a queda de rendimento com um maior preço.

Tradução: Izadora Pimenta

Fonte: La Nación

NOTÍCIAS RELACIONADAS

À espera de tarifas de Trump, líder chinês faz ofensiva diplomática em cúpulas globais
Arrecadação federal em outubro fecha com maior resultado em 30 anos
Ibovespa cai pressionado por Vale enquanto mercado aguarda pacote fiscal
Agricultores bloqueiam acesso ao porto de Bordeaux para elevar pressão sobre governo francês
Dólar tem leve alta na abertura em meio à escalada de tensões entre Ucrânia e Rússia
China anuncia medidas para impulsionar comércio em meio a preocupações com tarifas de Trump
undefined