Ibovespa renova máxima de fechamento de olho em noticiário corporativo; BB é destaque positivo

Publicado em 22/02/2018 21:36

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista emplacou o sétimo pregão seguido no azul, de olho no noticiário corporativo e tendo as ações do Banco do Brasil entre os principais destaques positivos após a divulgação de balanço.

O Ibovespa subiu 0,74 por cento nesta quinta-feira, renovando a máxima de fechamento aos 86.686 pontos, após subir 1,29 por cento no melhor momento do dia. O giro financeiro somou 11,13 bilhões de reais.

O mercado acionário local vem sustentando o recente viés positivo amparado na perspectiva de recuperação da economia e por fluxo de investimento tanto externo como interno.

"Aqui a gente tem o adicional de safra de resultados. Mas o mercado ainda está com bastante volatilidade e está difícil pontuar por fundamentos", disse o analista de investimentos da Magliano Pedro Galdi.

A volatilidade ocorre na esteira, principalmente, do cenário externo, após as fortes altas em janeiro seguidas por perdas acentuadas e oscilações bruscas.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL ON subiu 3,11 por cento, entre as maiores altas do índice, após resultado do quarto trimestre que mostrou lucro líquido ajustado de 3,188 bilhões de reais, salto de 82,5 por cento ante igual período de 2016. O lucro contábil avançou 222,7 por cento na mesma base, a 3,108 bilhões de reais.

- ELETROBRAS ON teve alta de 2,31 por cento e ELETROBRAS PNB ganhou 2,19 por cento, em mais um dia positivo diante da perspectiva em torno da privatização da elétrica, após o governo colocar o tema entre as medidas importantes para ajustar as contas públicas.

- ULTRAPAR ON fechou em leve alta de 0,13 por cento, em sessão marcada por volatilidade para os papéis da empresa, com alta de 1,41 por cento na máxima e queda de 1,96 por cento na mínima, tendo no radar o resultado do quarto trimestre e os comentários da empresa sobre perspectivas para este ano. A Ultrapar avalia que sua principal divisão de negócios, a rede de postos de combustíveis Ipiranga, está atravessando um primeiro trimestre mais difícil que o esperado, diante de uma recuperação da economia em velocidade abaixo das expectativas do grupo.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,55 por cento e BRADESCO PN ganhou 0,6 por cento, dando respaldo aos ganhos do índice devido ao peso desses papéis em sua composição, mas longe das máximas da sessão.

- PETROBRAS PN subiu 2,42 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,99 por cento, seguindo o tom mais favorável para o mercado local e ganhando mais impulso conforme os preços internacionais do petróleo também migraram para o azul e se fortaleceram ao longo da tarde.

- VALE ON teve alta de 1,94 por cento, em pregão de alta para o minério de ferro na Bolsa de Dalian, na volta do feriado na China.

Dow e S&P 500 sobem impulsionados por indústria e energia; Nasdaq recua

NOVA YORK (Reuters) - O Dow e o S&P 500 avançaram nesta quinta-feira e interromperam uma sequência de duas sessões de perdas, impulsionados por ganhos em ações industriais e de energia à medida que os rendimentos do Treasury dos Estados Unidos recuaram, enquanto o Nasdaq perdeu território pela terceira sessão consecutiva.

O índice Dow Jones subiu 0,66 por cento, a 24.962 pontos, o S&P 500 ganhou 0,10 por cento, a 2.703 pontos, e o Nasdaq Composite recuou 0,11 por cento, a 7.210 pontos.

Os principais índices avançaram cedo à medida que preocupações sobre um ritmo mais acelerado de aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, foram amenizadas por comentários do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que expressou preocupações de que "um monte de altas" poderia tornar a política do Fed restritiva.

Os rendimentos dos Treasuries com vencimento de 10 anos recuaram de máximas de mais de quatro anos alcançadas na quarta-feira.

No entanto esses ganhos se dissiparam e os principais índices fecharam bem abaixo das máximas da sessão, com investidores exercendo cautela no que provavelmente será um ambiente de alta nas taxas de juros.

"O rali por Bullard foi um pouco zeloso demais", disse Michael O'Rourke, estrategista-chefe de mercado da JonesTrading.

"Eu não estaria por aí comprando ações agressivamente porque até que o cenário da taxa de juros clareie, e isso provavelmente ocorrerá em um nível mais alto, só irá criar problema para as ações", disse ele.

As preocupações sobre as taxas de juros têm persistido sobre Wall Street recentemente e os índices caíram na quarta-feira após a ata da reunião de janeiro do Federal Reserve mostrar que o comitê que define que define as taxas se tornou mais confiante sobre a necessidade de continuar elevando os juros.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Nasdaq e S&P 500 caem 3% com temor de recessão nos EUA e queda da Apple
Dólar chega a superar R$5,86 em dia de estresse global, mas desacelera alta
Ibovespa fecha em queda com exterior, mas Bradesco dispara e evita o pior
Dólar zera ganhos ante o real em sintonia com exterior
Índice de ações STOXX 600 toca nível mais baixo em 6 meses na Europa com temor de recessão nos EUA
Preço do diesel fecha julho em alta e alcança o maior preço médio do ano, aponta Edenred Ticket Log