Lava Jato investiga corrupção em concessão de rodovias no Paraná em primeira fase de 2018

Publicado em 22/02/2018 07:31

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quarta-feira uma nova fase da operação Lava Jato, a primeira de 2018, em que investigam casos suspeitos de corrupção ligados à gestão das concessões rodoviárias federais da concessionária Econorte, da Triunfo Participações, no Estado do Paraná.

A chamada Operação Integração, 48ª fase da Lava Jato, cumpre sete mandados de prisão temporária e 50 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, informaram a PF e o MPF em comunicados separados.

A investigação apura crimes de corrupção, fraude a licitações e lavagem de ativos envolvendo agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná e da Casa Civil do governo paranaense, além da Econorte e de dois operadores financeiros já investigados pela Lava Jato, Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran.

"Essa investigação resultou na identificação de ilícitos na atuação da concessionária Econorte em relação à execução do contrato de concessão rodoviária", afirmou o MPF em comunicado.

De acordo com o Ministério Público Federal, a Triunfo depositou mais de 1 milhão de reais para Tacla Duran entre 2012 e 2014, e outras empresas relacionadas ao grupo de infraestrutura depositaram mais 31 milhões de reais em favor de Tacla Duran e de empresas de fachada de Assad.

"O MPF sustenta que esses pagamentos fazem parte de um gigantesco esquema de fraudes realizadas pelos administradores da concessionária em conluio com agentes públicos. Em fiscalização da Receita Federal que abrangeu somente os últimos três anos, houve desconsideração de 56 milhões de reais gastos pela subsidiária da concessionária em serviços fictícios", disse o MPF em comunicado.

Os pagamentos sem causa, segundo os procuradores, também foram usados pela concessionária como "artifício fraudulento contábil para aumentar despesas operacionais com finalidades diversas, como facilitar o desvio de valores das tarifas públicas pagas pelos usuários em favor dos administradores da empresa".

Procurada pela Reuters, a Triunfo não estava disponível de imediato para comentar.

(Por Pedro Fonseca e Maria Clara Pestre)

Fonte: Reuters

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