Escrevente confessa que preparou o documento do sítio de Atibaia para Lula

Publicado em 21/02/2018 16:55
em O Antagonista

O escrevente João Nicola Rizzi confessou em depoimento ao juiz Sergio Moro ter elaborado minutas de venda dos imóveis que formam o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, para transferi-las a Lula e Marisa Letícia.

Rizzi confirmou que, primeiro, lavrou as escrituras das duas propriedades em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna no escritório de Roberto Teixeira, a pedido dele.

O escrevente disse que, também a pedido de Teixeira, elaborou então as minutas de venda do sítio. Os campos dos compradores foram deixados em branco, por orientação do advogado e compadre de Lula. Acompanhe o depoimento ao juiz Sérgio Moro:

Documento foi apreendido pela Polícia Federal no apartamento de Lula (no ESTADÃO)

O escrevente João Nicola Rizzi afirmou nesta quarta-feira, 21, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, ter feito a minuta de escritura de compra e venda do sítio de Atibaia em que o ex-presidente Lula e a falecida ex-primeira-dama Marisa Letícia aparecem como compradores do imóvel. O documento foi encontrado na casa do petista em São Bernardo do Campo. O caso envolvendo o sítio resultou na terceira denúncia contra Lula na Lava Jato. Segundo a acusação, Odebrecht, OAS e Schahin, por meio do pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras no sítio em troca de contratos com a Petrobrás. O imóvel foi comprado no fim de 2010, quando Lula deixava a Presidência, pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna.

Rzzi confirmou depoimento que já havia prestado à força-tarefa no âmbito das investigações. Ele diz ter feito o documento em que constavam os nomes de Lula e Marisa a pedido do advogado Roberto Teixeira em 29 de outubro de 2010. A minuta foi lavrada no escritório do defensor e compadre do petista, segundo o escrevente. Nela, consta que a compra seria feita pelo petista em 2012.

Após a primeira tratativa com Teixeira, Rizz afirma o documento ‘teve todo o trâmite no cartório’, mas, depois, ‘estacionou’. “O assunto parou, não falou mais nada”.

O escrevente ainda relatou ter elaborado, posteriormente – quando já havia notícias na imprensa notícias que atribuíam o imóvel a Lula -, atendendo a nova solicitação do advogado, outra minuta, em que o nome dos compradores ficaria em branco. Nesta, a data da transferência constaria como sendo em 2016.

Rizzi disse ter ouvido do advogado que as lacunas da segunda minuta na área destinada ao comprador do terreno seriam preenchidas com o nome do ex-presidente.

O documento em que consta no nome de Lula, que não está assinado, foi apreendido no dia 4 de março de 2016 durante a Operação Aletheia, na residência do petista em São Bernardo.

Oficialmente, o Santa Bárbara pertence aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Segundo a defesa de Lula, os empresários compraram a propriedade para oferecer como uma área de descanso ao ex-presidente. Lula afirma que soube do sítio no dia 15 de janeiro de 2011. Ele esteve na propriedade 111 vezes.

Segundo o documento, Lula pagaria R$ 200 mil no ato e R$ 600 mil em três prestações. Chamou a atenção dos investigadores o fato de que o contrato mostra como vendedor apenas Fernando Bittar. O nome de Suassuna não consta do documento.

Para o Ministério Público Federal,  ‘menos de 2 anos após a aquisição do sítio por Fernando Bitter em favor de Lula, eles buscaram uma alternativa para consolidar não só de fato, mas também de direito, o acréscimo patrimonial do ex-presidente’, por meio das minutas, que nunca chegaram a ser assinadas.

COM A PALAVRA, ROBERTO TEIXEIRA

“Roberto Teixeira é advogado há quase 50 anos, foi presidente em duas oportunidades da Subseccional de São Bernardo do Campo da Ordem dos Advogados do Brasil. É especialista em Direito Imobiliário e sua atuação relatada no depoimento prestado hoje (21/02) por João Nicola Rizzi, do 23º. Tabelião de Notas de São Paulo, mostra a prática de atos estritamente relacionados à advocacia por parte de Teixeira.

Rizzi confirmou que a escritura de venda e compra do sítio de Atibaia foi firmada pelos proprietários Fernando Bittar e Jonas Suassuna no escritório de Teixeira, da mesma forma como ocorreu com outros clientes do advogado.

A tentativa de criminalizar atos inerentes à advocacia, como ocorre em relação a Roberto Teixeira, é uma clara tática de “lawfare”, objetivando, no caso concreto, fragilizar a defesa do ex-presidente Lula. Teixeira é advogado de Lula há mais de 30 anos e o escritório do qual é sócio-fundador é um dos que representa o ex-presidente nas ações penais a que ele responde”.
Assessoria de imprensa de Roberto Teixeira

Delator confirma aval de Lula para propina do grupo Schahin

Fernando Schahin confirmou ao juiz Sergio Moro que Lula “abençoou” a contratação do grupo Schahin pela Petrobras para operar o navio-sonda Vitória 10.000, diz a Folha de S. Paulo.

E mais:

“O negócio teria sido firmado sob a prerrogativa de que fosse quitada uma dívida que o PT mantinha com o banco Schahin.”

José Carlos Bumlai, que recebeu o empréstimo fraudelento do banco Schahin, financiou uma parte da reforma do sítio de Atibaia.

A outra parte foi financiada com propina da Odebrecht e da OAS.

Segurança pública: brasileiros querem intervenção geral

A situação da segurança pública brasileira é tão calamitosa que, de acordo com a pesquisa do Instituto Paraná,  a esmagadora maioria dos cidadãos é a favor de uma intervenção federal nas suas próprias cidades.

Eis os números:

67,6% são a favor;

27,6% são contra;

4,8% não souberam dizer ou não opinaram.

Setenta por cento dos brasileiros são a favor da intervenção no Rio

O Instituto Paraná fez uma pesquisa para saber o que pensam os brasileiros de todas as regiões sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

74,1% são a favor;

20,5% são contra;

5,4% não souberam dizer ou não opinaram.

Lula, um condenado muito louco (O Antagonista)

Lá em Belo Horizonte, Lula acaba de dizer que é “um ser humano diferente” e a “encarnação de um pedacinho de célula de cada um de vocês”.

Não é piada. Está até no Twitter oficial do condenado, como mostra a imagem abaixo.

O Antagonista pede encarecidamente a Lula que nos “inclua fora dessa”. Roubar “pedacinho de célula” já é demais.

Enquanto isso, em BH…

Em Belo Horizonte, o PT está “lançando a pré-candidatura de Lula à Presidência” pela provável milionésima vez.

Gleisi Hoffmann já gritou para a claque que o partido “não tem plano B” e que “Lula será candidato”.

Até as pulgas da sede nacional do PT sabem que é mentira.

Fonte: O Antagonista/Estadão

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