Bovespa recua após ganhos recentes e decisão do governo sobre reforma da Previdência

Publicado em 20/02/2018 11:23

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário da B3 caía nesta terça-feira após fechar no azul nos quatro pregões anteriores, com investidores digerindo a decisão do governo federal de desistir da reforma da Previdência e priorizar medidas alternativas.

Às 11:18, o Ibovespa caía 0,43 por cento, a 84.432 pontos. O giro financeiro era de 1,6 bilhão de reais.

Com a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o governo do presidente Michel Temer jogou a toalha em relação à votação da reforma da Previdência e apresentou um conjunto de medidas econômicas, sendo que boa parte delas já em tramitação no Congresso, em uma tentativa de reafirmar o compromisso com o equilíbrio fiscal.

"Abriram as gavetas e foram retirando coisas para cima das mesas, no intuito de minorar os efeitos da extinção da reforma da Previdência, mas, de qualquer forma, ela segue sendo imprescindível e será um ônus inicial para o novo presidente", escreveu o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira, em nota a clientes.

O decreto de intervenção foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta madrugada e deve ser apreciado pelo Senado ainda nesta terça-feira.

DESTAQUES

- GPA PN caía 4,63 por cento, a maior queda do índice, tendo no radar a reformulação em sua administração anunciada na véspera, com a nomeação do presidente da unidade de móveis e eletrodomésticos Via Varejo para a presidência-executiva no lugar de Ronaldo Iabrudi, além dos resultados para o quarto trimestre. VIA VAREJO UNIT também era destaque negativo, com queda de 1,65 por cento.

- PETROBRAS PN caía 0,95 por cento e PETROBRAS ON tinha perda de 0,94 por cento, em dia de fraqueza para os preços do petróleo no mercado internacional. [O/R]

- ITAÚSA PN subia 1,57 por cento, após a holding controladora do Itaú Unibanco e de outras empresas, reportar resultado lucro líquido consolidado de 1,997 bilhão de reais no quatro trimestre, alta de 4,9 por cento ante mesma etapa de 2016.

- ELETROBRAS ON avançava 3,13 por cento e ELETROBRAS PNB tinha alta de 3,5 por cento, tendo no radar as negociações para a privatização da empresa, incluída entre as medidas alternativas propostas pelo governo para ajudar a equilibrar as contas públicas após desistir da reforma da Previdência.

(Por Flavia Bohone)

Fonte: Reuters

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