Bovespa fecha em baixa com cautela antes do Carnaval, Wall Street no positivo

Publicado em 09/02/2018 17:18

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice de ações a B3 fechou em queda nesta sexta-feira, após sessão volátil, acompanhando o sobe-e-desce de Wall Street, com investidores também cautelosos antes do fim de semana prolongado pelo Carnaval e atentos ao noticiário corporativo.

O Ibovespa encerrou em baixa de 0,78 por cento, a 80.898 pontos, após oscilar da mínima de 79.690 pontos à máxima de 81.897 pontos. O volume financeiro do pregão somou 12,351 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário brasileiro acumulou queda de 3,74 por cento, maior perda semanal desde a semana encerrada em 19 maio de 2017, que foi marcada pela divulgação de áudios de conversas entre executivo da JBS e o presidente Michel Temer.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 tinha alta de 0,78 por cento no final da tarde, o que tirou o Ibovespa das mínimas da sessão - para onde tinha sido levado mais cedo também pela piora em Nova York, após ter registrado ganhos pela manhã.

De acordo com profissionais da área de renda variável, o pregão refletiu uma aversão à volatilidade externa combinada com redução de exposição por investidores antes do Carnaval. Um desses profissionais ainda viu fundos locais embolsando lucros.

Não haverá negociação e liquidação na bolsa na segunda e terça-feiras em razão do Carnaval, com as operações sendo retomadas na Quarta-feira de Cinzas às 13h.

DESTAQUES

- LOJAS RENNER caiu 4,63 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa, após resultado abaixo da expectativa do mercado, pressionado por custos maiores na operação de varejo.

- VIA VAREJO recuou 3,52 por cento, tendo no radar notícia da Reuters de que grupo norte-americano de varejo online Amazon.com negocia galpão para ampliar negócios no Brasil. Magazine Luiza caiu 2,78 por cento e B2W, que não está no Ibovespa, cedeu 7,02 por cento.

- ECORODOVIAS cedeu 5,92 por cento, pior desempenho do Ibovespa, tendo de pano de fundo corte na recomendação para 'underweight' pelo Morgan Stanley, que também reduziu seu preço-alvo para as ações de 12,70 para 9,50 reais.

- SMILES avançou 1,07 por cento, após queda nos dois últimos pregões, mas ainda acumula declínio de 4,63 por cento em fevereiro.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON fecharam em queda de 1,47 e 1,28 por cento, respectivamente, após oscilarem entre os campos positivo e negativo durante a sessão, sucumbindo à pressão negativa do declínio do petróleo no exterior.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,26 por cento, também após momentos de alta e baixa, enquanto BRADESCO PN terminou em baixa de 1,14 por cento.

Wall Street encerra semana de grande volatilidade em território positivo

Por Lewis Krauskopf

SÃO PAULO (Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiram mais de 1 por cento nesta sexta-feira, dando algum alívio a investidores após uma semana de grandes variações que tirou o mercado de meses de calmaria.

O Dow Jones subiu 1,38 por cento, a 24.190 pontos, o S&P 500 ganhou 1,49 por cento, a 2.619 pontos, e o Nasdaq avançou 1,44 por cento, a 6.874 pontos.

Mesmo com os ganhos desta sexta-feira, o índice de referência S&P 500 caiu 5,2 por cento na semana, seu maior recuo percentual desde janeiro de 2016, com a volatilidade voltando a subir.

Durante a sessão desta sexta-feira apenas, o S&P 500 variou de uma alta de 2,2 por cento a uma baixa de 1,9 por cento, ecoando as grandes variações da última semana. O Dow se moveu em uma faixa de mais de 1.000 pontos.

A recente volatilidade ocorre uma semana após os índices de referência S&P 500 e Dow Jones confirmarem que estavam em território de correção, ambos caindo mais de 10 por cento com relação às máximas de 26 de janeiro.

A sessão desta sexta-feira marcou o mais novo dia de acentuadas variações na última semana que puxou os índices para baixo após meses de alta para máximas recordes.

"Eu não acho que o mercado esteja nem um pouco focado em fundamentos", disse Anwiti Bahuguna, analista sênior de portfólio da Columbia Threadneedle Investments. "Está muito volátil."

Fonte: Reuters

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