Cidade industrial venezuelana tem saques e protestos; Bolsas sobem nos EUA

Publicado em 09/01/2018 21:19

CIUDAD GUAYANA (Reuters) - A Ciudad Guayana no sudeste da Venezuela viveu o segundo dia de saques e protestos de rua nesta terça-feira, à medida que a instabilidade se intensifica na antes próspera cidade industrial afetada pela falta de alimentos e um surto de malária.

Pelo menos cinco mercados foram saqueados durante a noite, com fontes policiais dizendo que cerca de 20 pessoas foram presas. Venezuelanos revoltados também bloquearam três importantes estradas para exigir medicamentos contra a malária, além de comida, gás de cozinha e peças para veículos.

A turbulência é crescente na Venezuela, membro da Opep, nas últimas semanas, uma vez que o quarto ano consecutivo de recessão e o maior índice mundial de inflação deixam milhões sem comida suficiente.

Erika Garcia, em lágrimas, lembrava como o seu mercado e casa foram saqueados. "Eles roubaram tudo. Eles romperam a tubulação de água, levaram o vaso sanitário, as janelas, as cercas, portas e camas. Tudo. Não nos mataram porque corremos, mas nos bateram", afirmou ela, de 38 anos.

Críticos acusam o presidente do país, Nicolás Maduro, e o Partido Socialista pela situação econômica, afirmando que eles têm insistido com políticas estatizantes fracassadas, enquanto fazem vista grossa para a corrupção.

O governo diz que é vítima de uma "guerra econômica" travada por opositores e potências estrangeiras de direita. O Ministério da Informação não respondeu a um pedido por comentários sobre os saques desta terça.

Bolsas americanas sobem com impulso de saúde e bancos

(Reuters) - Os principais índices de Wall Street ampliaram o rali do Ano Novo para fechar em níveis recordes nesta terça-feira com o otimismo dos investidores antes dos relatórios de ganhos trimestrais e esperanças de alívio nas tensões com a Coreia do Norte.

Os setores defensivos do S&P - serviços públicos, imóveis e telecomunicações - foram desfavoráveis, enquanto as ações bancárias foram impulsionadas pelo aumento dos rendimentos do título de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos. As ações de saúde aumentaram com o setor em foco no segundo dia de uma conferência da indústria.

O S&P 500 e o Nasdaq registraram o seu sexto recorde consecutivo. O Dow também fechou em níveis recordes depois de encerrar uma sequência de máximas de fechamento de 3 dias na sessão de segunda-feira.

Alguns investidores ficaram tranquilos depois que as Coreias realizaram suas primeiras conversas em mais de dois anos, o que Washington descreveu como um bom primeiro passo para resolver a crise de mísseis nucleares com a Coreia do Norte .

O índice Dow Jones fechou com alta de 0,41 por cento, a 25.386 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,13 por cento, a 2.751 pontos, e o índice de tecnologia Nasdaq adicionou 0,09 por cento, a 7.164 pontos.

Os lucros das empresas do S&P devem ter subido 11,8 por cento no quarto trimestre de 2017, em comparação com um aumento de 8 por cento no ano anterior, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

"Haverá algum barulho com ajustes de impostos, mas os comentários olhando para a frente devem ser bastante positivos. Os investidores estão comprando isso", disse Bucky Hellwig, vice-presidente senior da BB&T Wealth Management em Birmingham, Alabama.

Setores sensíveis à taxa de juros, como serviços públicos e imóveis encerraram 1 por cento mais baixos, enquanto o setor de telecomunicações caiu 1,8 por cento.

Enquanto investidores estão esperançosos sobre o crescimento econômico global e os ganhos gerados por impostos nos resultados das empresas, eles estão ansiosos em saber se a reforma tributária pode impulsionar a inflação e levar a um aumento mais acentuado do que o esperado nas taxas de juros.

Após uma geração fraca de empregos em dezembro, os sinais de recuo da inflação podem aparecer no relatório mensal de preço ao consumidor divulgado na sexta-feira, no mesmo dia em que os grandes bancos dos EUA devem iniciar à temporada de resultados do quarto trimestre de 2017.

Fonte: Reuters

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