Presidente da Venezuela eleva salário mínimo em 40% para 2018
CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo um aumento de 40 por cento do salário mínimo para o início de 2018, prometendo novas medidas para proteger os trabalhadores de uma inflação que, segundo cálculos do Parlamento controlado pela oposição, alcançou os quatro dígitos.
O salário mínimo mensal será a partir de 1º de janeiro de 248.510 bolívares, segundo determinação do presidente que decretou cinco ajustes salariais ao longo de 2017.
Esse valor equivale a cerca de 3 dólares no mercado paralelo, o que o coloca como um dos mais baixos da América Latina.
"Boas notícias para começar com a proteção, o trabalho de estabilidade de todos os trabalhadores", disse Maduro em uma mensagem de ano novo transmitida em cadeia de rádio e TV, convocando o país para a "recuperação econômica".
O Congresso, de oposição, alertou que o país entrou em hiperinflação e culpa o Banco Central de estimulá-la com a criação de dinheiro que permite ao governo financiar os constantes aumentos do salário para mitigar o descontentamento dos trabalhadores.
A inflação encerrou novembro em 1.369 por cento, segundo a medição mais recente do Parlamento.
O governo socialista vai elevar em 40 por cento os salários de todos os funcionários públicos, assim como as pensões, a partir de 1º de janeiro, e o bônus de alimentação que os trabalhadores formais recebem aumentou para 549.000 bolívares.
Venezuelanos não têm o que comer, mas Maduro anuncia alta do mínimo (O Antagonista)
O ditador Nicolás Maduro anunciou, pela quinta vez neste ano, o aumento do salário mínimo na Venezuela –desta vez, de 177.507 para 248.510 bolívares.
É uma ficção. O país tem uma das maiores inflações do mundo e desabastecimento de produtos básicos, como comida e remédios. Precisou da bondade do governo colombiano, que Maduro odeia, para distribuir no Natal o pernil prometido à população pobre.