A foto que Lula não perdoa de verdade (em O Antagonista)

Publicado em 22/12/2017 05:30 e atualizado em 22/12/2017 14:27

João Domingos, no Estadão, escreve sobre Lula ter dito que se arrependia da foto feita com Maluf:

“Não há nada demais no acordo político que Lula fez com Maluf. Todo mundo faz esse tipo de acordo, mesmo que não seja ideológico ou programático, mas oportunista, baseado no toma lá, dá cá. Não precisaria dizer que não se perdoa. A política permite esse tipo de pecado.

Mas Lula quis aproveitar a notícia de que Maluf tinha sido preso para anunciar seu profundo arrependimento. Ou, como o ex-presidente disse, revelar para os jornalistas com os quais se reuniu na quarta-feira que não se perdoa por ter se deixado convencer a tirar a fotografia. E se o encontro não tivesse sido registrado por fotógrafos e testemunhado por muitas pessoas, não seria motivo de arrependimento? Parece que o não perdoar a fotografia, aqui, só foi cogitado porque alguém viu, alguém fotografou.”

A foto que Lula não perdoa de verdade  é aquela da sua visita ao triplex do Guarujá, juntamente com Léo Pinheiro, da OAS.

Como publicamos, Lula exerce pressão sobre o TRF-4 via STJ e STF.

É mais via STJ.

“Tem ministro fazendo fila para prestar favores ao petista”, diz um observador da cena jurídico-política.

Leia o processo: Lula só será absolvido por excesso de provas

Ao contrário do que alardeia Lula, ele só será absolvido no TRF-4 por excesso de provas.

Faça como O Antagonista, leia o processo do triplex.

A nossa cozinha Kitchens está lá.

Lula usa STF e STJ para pressionar TRF-4

Lula, como publicamos ontem, está tentando dividir o TRF-4, pressionando os desembargadores, em particular Victor Laus, porque os outros dois já liberaram seus votos.

Leia um trecho da coluna de Merval Pereira:

“As últimas horas foram marcadas por pressões sobre os desembargadores de Porto Alegre, públicas como as de Lula quase que exigindo o reconhecimento de uma inocência que ele alardeia, e privadas, com tentativas de aproximações com membros do Judiciário, abrangendo até mesmo o STF e o STJ.

A tentativa é, já descrentes de uma absolvição, conseguir uma condenação não unânime, que permita alongar o prazo de apelação. Embora o TRF-4 tenha rejeitado a grande maioria dos embargos infringentes, esse processo leva bastante tempo, o que daria chance a Lula de chegar à convenção do PT em 20 de julho para ser declarado oficialmente candidato à presidência da República.”.

É preciso superar a fase lulista (ESTADÃO)

Se tivesse um mínimo de pudor, Lula da Silva já teria há muito tempo se retirado da vida pública. Sendo, indubitavelmente, o maior responsável pela violenta crise moral, política e econômica que atinge o País desde a chegada do PT ao poder, em 2003, o chefão petista deveria ter ele próprio abreviado o sofrimento ao qual vem submetendo os brasileiros todo esse tempo, renunciando à pretensão de se tornar novamente presidente da República. Seria um alívio para o País, pois restituiria racionalidade ao debate das grandes questões nacionais, hoje submetidas à incessante mistificação lulopetista.

Mas Lula jamais trairia sua natureza nem revelaria agora uma grandeza que nunca teve, razão pela qual ele está, como sempre, em plena campanha à Presidência. E o mais espantoso é que, mesmo tendo feito tudo o que fez, ele aparece como favorito nas pesquisas eleitorais. Ou seja, uma parte considerável do eleitorado parece não se importar com o fato de Lula e seu partido terem protagonizado o mensalão, o petrolão e a destruição da economia do País; ao contrário, aceita como verdadeiro o discurso mendaz do demiurgo petista segundo o qual o Brasil era uma maravilha no tempo em que o PT estava no poder.

Por conta disso, muitos apostam que o anunciado julgamento do petista pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, no dia 24 de janeiro, em Porto Alegre, será o grande evento capaz de livrar a sociedade brasileira do pesadelo lulopetista. E esse clima de confronto interessa muito aos petistas. O ex-ministro José Dirceu, condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção e que aguarda julgamento de recurso em liberdade vigiada, convocou a tigrada: “A hora é de ação, não de palavras. De transformar a fúria, a revolta, a indignação e mesmo o ódio em energia, para a luta e o combate. Todos a Porto Alegre no dia 24, o dia da revolta”.

É inacreditável que o País dependa da decisão de três juízes, sobre um caso de corrupção envolvendo um apartamento no Guarujá, para que Lula, enfim, seja alijado de uma eleição da qual ele não tem condições morais de participar. Essa situação expõe claramente o quanto ainda falta para que se possa dizer que o País amadureceu de fato. Em nações com democracias sólidas e educação cívica razoável, Lula e seus associados já estariam no ostracismo, não necessariamente como desdobramento de alguma ação judicial, e sim como consequência da repulsa do eleitorado.

Afinal, foi sob sua influência direta que se construiu uma ampla rede de corrupção no Congresso, à base de pagamentos mensais a deputados, para favorecer seu governo; foi durante sua Presidência que a principal empresa estatal do País, a Petrobrás, começou a ser destroçada pelo PT e outros partidos integrantes da quadrilha; foi em seu governo que o Brasil, ignorando os interesses nacionais, fechou-se a acordos comerciais com as maiores potências do planeta, preferindo fazer negócios com países periféricos e populistas, alinhados ideologicamente ao PT; e foi de Lula a ideia de colocar na cadeira presidencial a neófita brizolista Dilma Rousseff, cujo nome provoca calafrios em todos os milhões de brasileiros que sofreram as consequências de suas desastrosas decisões econômicas.

Por esse conjunto da obra, portanto, nenhum eleitor deveria sequer cogitar a hipótese de votar novamente em Lula. Mas ele não só tem muitos eleitores, como lidera as pesquisas e, o que é pior, conduz os debates para onde quer. No momento, por exemplo, Lula está em intensa campanha para desmoralizar as reformas defendidas pelo governo de Michel Temer, ajudando a mobilizar uma parte significativa da opinião pública contra essas urgentes medidas. Lula sabe que as reformas são fundamentais, mas responsabilidade, afinal, nunca foi seu forte.

Infelizmente, como se vê, o Brasil ainda não conseguiu superar Lula. E talvez não tenha conseguido porque o petista representa o País do assistencialismo populista, das regalias às corporações e do capitalismo sem risco. Ou seja, um País em que uma parte considerável de seu povo e de sua elite sonha em prosperar sem fazer força.

Temer diz que governo será cabo eleitoral "substancioso" em 2018 (Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que o governo será um cabo eleitoral "substancioso" na sua sucessão ao Palácio do Planalto e, mesmo instado em encontro com jornalistas, não quis se comprometer de antemão com a eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao cargo.

Temer disse não acreditar que uma eventual candidatura de Meirelles possa atrapalhar a aprovação de reformas pelo Congresso Nacional, como as mudanças previdenciárias.

Na conversa com jornalistas, em tom descontraído, o presidente chegou a perguntar ao ministro da Fazenda, presente ao encontro, se ele era candidato. Meirelles esquivou-se novamente, dizendo que só vai decidir isso em março.

Novamente, o presidente repetiu que não é candidato à reeleição, mas sim a fazer um "bom governo". Ele avaliou que a disputa presidencial deverá contar com candidatos "mais extremados" e um nome de centro, que em sua opinião, poderá agradar às pessoas que querem resultados.

"Os que se extremarem, tenho a impressão de que terão dificuldades", disse. "Eu preferia que fosse alguém comprometido com essa política de resultados", completou.

Para Temer, o horário eleitoral de televisão -em uma disputa presidencial que não contará com o financiamento privado- será "importantíssimo" para os candidatos.

O presidente reconheceu que as denúncias de corrupção que envolveram-no prejudicaram "muito" o governo e contribuíram para a queda da sua popularidade. Mas fez questão de ressaltar que, ao longo do tempo, todos os detratores foram desmascarados. "Aqueles que nos acusam ou estão presos ou estão desmoralizados", disse.

O chefe do Executivo criticou indiretamente o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e os executivos da J&F, atribuindo a queda de sua boa avaliação à "irresponsabilidade" de setores da iniciativa privada e de uma figura do setor público.

LULA

Na entrevista, Temer também fez a avaliação de que, se o candidato à Presidência for contra a reforma da Previdência, não terá o apoio nem do governo, nem da população, e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o único candidato até agora a se opor à reforma.

O presidente, contudo, evitou fazer previsões sobre o possibilidade de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o pleito do ano que vem, ser candidato. O ex-presidente pode ser impedido de disputar a eleição caso seja condenado em segunda instância em um processo ligado à operação Lava Jato.

"Não me atreveria a dar uma solução jurisdicional", disse Temer, advogado constitucionalista, sobre Lula.

Metade da geração Y prefere  o socialismo; falta conhecimento de história

A maioria das pessoas da geração do milênio tem uma visão positiva do socialismo e comunismo, mas não conhece todos os fatos. (Por BENJAMIN POWELL FOUNDATION FOR ECONOMIC EDUCATION, publicado na Gazeta do Povo/Curitiba)

O centésimo aniversário da Revolução Russa, no mês passado, foi um momento apropriado para nos recordar as atrocidades humanas cometidas pelos regimes comunistas. Mas também devemos tirar tempo para refletir sobre o progresso ocorrido desde a queda da União Soviética e seu sistema econômico socialista, em 1991. 

Uma pesquisa recente conduzida com membros da geração do milênio (geração Y) constatou que 51% deles identificaram o socialismo como o sistema socioeconômico de sua preferência, enquanto outros 7% apontaram para o comunismo. Apenas 42% se disseram a favor do capitalismo. 

O socialismo mata, sempre 

As pessoas da geração Y que conheço – e, sendo eu professor universitário, conheço muitas – geralmente são “do bem”. A maioria não tem desejo algum de ver outros seres humanos sofrer. Assim, só me resta concluir que elas não têm conhecimento de como funciona o socialismo de fato no mundo. 

Por meio de execuções, desnutrição intencional e campos brutais de encarceramento com trabalhos forçados, os regimes socialistas mataram mais de 100 milhões de seus próprios cidadãos no século 20. As atrocidades continuam a acontecer em países como Cuba, Coreia do Norte e Venezuela. 

Essas atrocidades não são acidentais. Por sua própria natureza, uma economia centralmente planejada reduz os humanos a insumos trabalhistas que precisam ser coagidos para desempenharem um papel no plano econômico traçado por outros. Quando se permite que as pessoas façam suas próprias escolhas, não há plano econômico possível. O sistema socialista naturalmente seleciona líderes que estejam dispostos a exercer coação para garantir a execução dos planos. 

O histórico do socialismo no campo econômico é tão desanimador quanto seu histórico em matéria de direitos humanos. Mas não precisamos recomendar que a geração do milênio leia livros de história para se dar conta disso. Basta que ela olhe para o que aconteceu com países ex-socialistas durante sua própria vida, quando esses países abandonaram o socialismo e aderiram ao capitalismo. 

A liberdade econômica gera resultados melhores 

Relatório Anual de Liberdade Econômica Mundial traz a medida mais exata do grau em que um país é relativamente capitalista ou socialista. É claro que o índice depende da disponibilidade de dados confiáveis. Assim, regimes socialistas, como Cuba e Coreia do Norte, não constam do índice, pelo fato de não fornecerem esses dados. Mas o índice nos permite avaliar as mudanças ocorridas em países antes socialistas desde que eles abandonaram o socialismo. 

 

A Rússia, por exemplo, teve pontuação de apenas 4,3 (numa escala de dez pontos) no índice em 1995, quando foi incluída no ranking pela primeira vez. Desde então seu escore melhorou 52%, e hoje o país está entre os 50 primeiros colocados. 

Outros países que no passado fizeram parte do bloco soviético avançaram mais rapidamente em direção ao capitalismo. Em 1995 a Estônia recebeu escore de 6,2 pontos e a Letônia, de 5,7 pontos, figurando respectivamente nos 57º e 75º lugares. Desde então a Estônia subiu para a 17ª posição no ranking e a Letônia saltou de 75ª economia mais livre do mundo para a 26ª. 

Fora do antigo bloco soviético, a China começou a se afastar do socialismo em 1978, pouco antes do nascimento da geração do milênio. Ela foi incluída no ranking pela primeira vez em 1980, com escore de 3,6. Desde então, sua posição subiu 76%, e mesmo essa melhora não reflete adequadamente toda a abrangência das reformas chinesas, já que muitas zonas econômicas especiais chinesas têm liberdade muito maior que o país como um todo. 

Mas os rankings não refletem a história inteira. O resultado do avanço em direção ao capitalismo vem sendo um aumento da prosperidade: as pessoas vivem melhor. A renda média das pessoas subiu 250% na Rússia desde 1995. Na Letônia e Estônia, onde a liberdade econômica é maior, a renda dos habitantes subiu respectivamente 487% e 461%. E não são apenas os ricos que vêm enriquecendo. A porcentagem da população que vive com menos de US$ 5,50 por dia caiu 23% na Rússia, 19% na Letônia e 22% na Estônia. 

As transformações ocorridas na China são ainda mais surpreendentes. A renda média dos chineses é hoje 12 vezes maior do que em 1995. Mais de 90% da população vivia com menos de US$5,50 por dia naquela época; hoje esse é o caso de apenas um terço da população. 

A geração do milênio poderia ir aos livros de história para aprender sobre as atrocidades socialistas. Mas ela pode igualmente simplesmente olhar para o mundo e constatar como a prosperidade aumentou na medida em que os antigos países socialistas foram aderindo ao capitalismo. Se ela fizer uma coisa ou a outra, duvido que ainda encontremos muitos socialistas nessa geração.

Benjamin Powell é diretor do Instituto do Livre Mercado da Texas Tech University e membro sênior do Independent Institute, além de integrar a rede docente da FEE.

Conteúdo publicado originalmente no site da Foundation for Economic Education

Tradução de Clara Allain

Fonte: Reuters

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