Maduro diz que "terroristas" roubaram armas de unidade militar na Venezuela
Por Alexandra Ulmer e Fabian Cambero
CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na terça-feira que "terroristas" invadiram uma unidade da Guarda Nacional durante o fim de semana e roubaram armas, no mais recente sinal de instabilidade no país abalado por uma profunda crise econômica.
Óscar Pérez, um piloto da polícia venezuelana procurado por ter lançado granadas e atirado de um helicóptero contra prédios do governo em junho, reivindicou responsabilidade pelo ataque, que chamou de "Operação Genesis".
Um vídeo publicado na conta de Pérez no YouTube mostra homens armados e mascarados tomando controle de quartéis militares durante a noite. Eles destroem fotos de Maduro e de seu antecessor, o falecido Hugo Chávez, algemam cerca de uma dezena de soldados e os repreendem por apoiar uma "ditadura" na Venezuela.
"Vocês mesmos estão morrendo de fome. Por que não fizeram nada, considerando que têm armas? Por que vocês continuam protegendo esses ditadores traficantes de drogas?", gritaram os homens para soldados amordaçados e agachados no chão do que parecia ser um banheiro.
"Em breve nós vamos vencer a guerra... para que a Venezuela possa ser livre", disse Pérez usando uma balaclava preta.
A Reuters não foi capaz de confirmar de maneira independente os detalhes do ataque. O Ministério de Informação da Venezuela não respondeu a pedido por comentários.