Mercado vê menor rombo primário em 2017 e 2018, mostra Prisma Fiscal

Publicado em 14/12/2017 08:31

BRASÍLIA (Reuters) - Os economistas melhoraram suas contas para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) tanto neste ano quanto no ano que vem, diante do aumento visto na receita líquida, conforme relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com a mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a projeção para o rombo primário de 2017 caiu ligeiramente a 156,736 bilhões de reais, sobre 157,414 bilhões de reais antes. Com isso, seguiu dentro da meta de déficit de 159 bilhões de reais para o ano.

Para 2018, a expectativa para o déficit primário também recuou a 155 bilhões de reais, contra 156,406 bilhões de reais anteriormente, e também dentro da meta, que é novamente de saldo negativo em 159 bilhões de reais.

O governo, contudo, deve enfrentar desafios para fechar as contas dentro do esperado no próximo ano já que precisa do aval do Congresso Nacional para uma série de medidas de ajuste fiscal que seguem tramitando lentamente.

Na véspera, o Congresso aprovou o Orçamento de 2018, o que na prática abre o caminho para o recesso parlamentar.

Dentre as medidas ainda não analisadas estão a mudança na tributação de fundos fechados, a reoneração da folha de pagamento das empresas, o adiamento do reajuste do funcionalismo público e o aumento da contribuição previdenciária dos servidores.

Sem nenhuma dessas fontes de receita, o governo terá que bloquear 21,4 bilhões de reais do Orçamento em 2018, o que deverá ter impacto significativo sobre investimentos e no funcionamento da máquina pública.

O Prima mostrou ainda que, para a trajetória da dívida bruta, os economistas pioraram um pouco suas estimativas para 2017, a 75,20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante 75,11 por cento na leitura passada. Para 2018, a expectativa também subiu a 77,21 por cento do PIB, contra patamar de 77,00 por cento visto anteriormente.

(Por Marcela Ayres)

Fonte: Reuters

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