MPF denuncia Graça Foster e Guido Mantega por prejuízos à Petrobras

Publicado em 06/12/2017 15:02

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou, por improbidade administrativa, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, por manipulação de preços de combustíveis e consequente prejuízo bilionário à estatal. A informação foi divulgada em nota, nesta quarta-feira (6), pela assessoria do MPF.

Além de Graça e Mantega, são denunciados na ação civil pública, por condução indevida de preços da gasolina e do diesel, outros cinco ex-integrantes do Conselho de Administração da companhia: Miriam Belchior, Francisco Roberto de Albuquerque, Luciano Coutinho, Marcio Zimmermann e José Maria Ferreira Rangel.

De acordo com o MPF, parte dos membros do Conselho de Administração à época, principalmente os indicados pelo governo, deliberaram, entre o final de 2013 e outubro de 2014, por manter uma política de retenção de preços dos combustíveis e a defasagem em relação ao mercado internacional, contrário aos interesses da Petrobras.

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“Em realidade, eles atuavam segundo orientação do governo federal, que intentava segurar a inflação, tendo em vista as eleições presidenciais de 2014”, destacaram os procuradores da República Claudio Gheventer, Gino Augusto de Oliveira Liccione, André Bueno da Silveira e Bruno José Silva Nunes, autores da ação.

O MPF quer ainda que a União, acionista controladora da Petrobras, seja condenada a ressarcir a estatal por usá-la indevidamente para combater a inflação.

“Estima-se que essa política de retenção de preços, que provocou grande defasagem entre o preço de importação da gasolina e do diesel e o preço de venda desses produtos no mercado interno, causou um prejuízo de dezenas de bilhões de reais, sendo, junto com as perdas sofridas em razão da corrupção que assolou a companhia, desvendada pela Operação Lava Jato, uma das causas da grave crise financeira enfrentada pela Petrobras nos dias atuais”, concluíram os procuradores.

Preço do petróleo cai quase 3% nos EUA com aumento nos estoques de combustíveis

NOVA YORK (Reuters) - O petróleo dos Estados Unidos caiu quase 3 por cento nesta quarta-feira, seu maior declínio diário em mais de dois meses, após uma alta acentuada nos estoques de combustíveis dos EUA sugerir que a demanda pode estar perdendo força, enquanto a produção petrolífera dos EUA alcançou um novo recorde semanal.

Os estoques de gasolina subiram em 6,8 milhões de barris e os de derivados em 1,7 milhão de barris, mostraram dados do governo, ambos superando expectativas de pesquisa da Reuters. Os dados inesperados abalaram os preços em um mercado que foi visto como vulnerável a uma liquidação, disseram analistas.

A Administração de Informações de Energia (AIE) dos EUA também mostrou que os estoques de petróleo dos EUA caíram em 5,6 milhões de barris, acima do esperado. Isso se deve parcialmente ao fechamento do oleoduto de Keystone após um vazamento na Dakota do Sul em meados de novembro, o que interrompeu o fluxo a Cushing, no Oklahoma.

O petróleo dos EUA fechou em queda de 1,66 dólar, ou 2,9 por cento, a 55,96 dólares por barril. Foi o menor fechamento para o contrato desde 16 de novembro e o maior declínio diário desde 6 de outubro.

Os futuros de Brent encerraram em queda de 2,6 por cento, ou 1,64 dólar, a 61,22 dólares por barril, menor patamar desde 2 de novembro.

Fonte: Agência Brasil/Reuters

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