Para Maia, já se cedeu muito na Previdência, mas mudanças defendidas por PSDB devem ser analisadas

Publicado em 29/11/2017 15:20

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que já houve muitas concessões no texto da reforma da Previdência, mas defendeu uma análise do impacto de mudanças na proposta defendida pelo PSDB.

A declaração de Maia foi dada pouco depois de o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmar que não há mais como o governo ceder no texto da reforma enxuta apresentado na semana passada.

“Eu acho que tem que avaliar sempre o impacto do que está sendo proposto”, disse Maia a jornalistas ao chegar na Câmara.

“Se for pequeno (o impacto)... é óbvio que eu acho que o relator já cedeu muito antes da votação na comissão, já cedeu agora nos pontos mais polêmicos para deixar claro que não havia nenhuma intenção de prejudicar as pessoas que ganham menos no Brasil”, afirmou.

“Acho que o ideal é que fique como está.”

O PSDB demandou algumas mudanças no texto relacionadas aos servidores públicos que entraram antes de 2003 e que se alega não terem regra de transição.

Para Maia, esta eventual mudança precisa ter o impacto analisado, para que não comprometa a intenção do governo de manter uma economia substancialmente superior a 50 por cento do texto inicial enviado ao Congresso. Na semana passada, Meirelles disse que a proposta enxuta da reforma representava cerca de 60 por cento do que o governo pretendia economizar com a reforma original.

Maia acrescentou que “pode ser bom” acatar as demandas do PSDB, caso fique constatado que não há prejuízos significativos à ideia do governo e se as eventuais mudanças se traduzirem em parte dos votos da bancada tucana --entre 35 e 40 votos, segundo o deputado.

O presidente da Câmara disse ainda que deve ser votada ainda neste ano uma das medidas do pacote fiscal editado pelo governo, que trata da reoneração da folha de pagamento das empresas de diversos setores.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Fonte: Reuters

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