‘Ultrapassar Lula não é obsessão, é missão’, diz Bolsonaro sobre 2018 (ao Poder360)

Publicado em 02/11/2017 07:09
Deputado é 2º na corrida presidencial (no Poder360)... e mais: "Sou presidenciável!", diz Henrique Meireles, em O Antagonista

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) diz não se preocupar em superar o ex-presidente Lula (PT) em pesquisas de intenção de voto para a Presidência em 2018.

“Estou trabalhando há 2 anos e me preparando. Ultrapassar Lula não é uma obsessão, é uma missão”, afirmou ao Poder360.

Conforme levantamento DataPoder360 de outubro, o deputado está consolidado na 2ª posição da corrida presidencial, apenas atrás do petista.

O deputado, que até pouco tempo negava ser candidato, gaba-se de ter conquistado por conta própria crescimento nas taxas de popularidade:

“Estou sozinho, não tenho governador”.

Bolsonaro, hoje no PSC, deve migrar para o PEN, que se chamará Patriotas. Sua ida para a sigla já está certa, mas só deverá ser concretizada em março, na janela partidária.

Ele define sua relação com o novo partido como a de 1 noivado.

“O que é 1 noivado? Você está casado? Não. Mas existe 1 compromisso. Sou assim com o PEN”, falou.

Nos cenários testados pelo DataPoder360, nota-se que há consistência na liderança de Lula e na vice-liderança de Bolsonaro.

Bolsonaro registra 20% a 25%, a depender do cenário. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais, para mais ou para menos.

NÃO DÁ PARA LEVAR A SÉRIO QUEM CONSIDERA BOLSONARO “EXTREMA-DIREITA”, MAS NÃO CHAMA LULA DE “EXTREMA-ESQUERDA” 

(por RODRIGO CONSTANTINO)

Já cansei de chamar a atenção dos leitores aqui: podem reparar que vão encontrar a expressão “extrema-direita” ou “ultraconservadores” aos montes na mídia, mas dificilmente vão encontrar “extrema-esquerda”. Os radicais são todos de “direita”, ainda que os esquerdistas queiram transformar o Brasil na Venezuela, admirem tiranos assassinos, preguem o confisco de propriedades e a revolução.

Basta não ser socialista para ser “extrema-direita” ou “ultraconservador”, enquanto pode bajular Maduro e ter pôster do assassino Che Guevara no quarto que será apenas “esquerda”, ou quiçá centro moderado (em alguns casos até direita, como se referem a tucanos que também admiram Che).

É por isso que Trump se torna um “ultraconservador”, como eram todos os candidatos republicanos das primárias pela ótica da imprensa, enquanto Obama, aluno do radical Saul Alinsky, admirador de marxistas, amigo de terroristas como Bill Ayers, companheiro de líderes de movimentos raciais radicais e violentos, e que queria transformar a América “fundamentalmente” é o ícone da moderação de centro.

No Brasil é ainda pior: o PSOL é apenas esquerda, assim como o PT, enquanto tucanos, de esquerda, são tratados como direitistas, e Bolsonaro é praticamente um Mussolini ou um Hitler. Claro, não vem ao caso que o fascismo e o nazismo eram ideologias de esquerda, muito próximas do comunismo e do socialismo, como vários autores sérios mostram, como os próprios se consideravam, e como Dinesh D’Souza comprova em seu novo livro The Big Lie. Só mesmo uma “grande mentira” para esconder esse fato de tanta gente por tanto tempo.

E o leitor não verá em lugar algum da imprensa isso. Não adianta procurar, a não ser na Gazeta do Povo. Até mesmo Reinaldo Azevedo, tido por aí como representante da direita, faz o jogo da esquerda. Em seu artigo de hoje, sobre a proposta de Doria de unir forças de centro para derrotar os extremos, Azevedo deixou claro que acha correto colocar Bolsonaro num extremo, mas não Lula! Isso mesmo, veja com seus próprios olhos:

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), propôs neste terça a união de todos os partidos de centro e de centro-direita para enfrentar as candidaturas de Lula, pelo PT, e de Jair Bolsonaro, sabe-se lá por onde. Assim, haveria uma conjuração do centro contra os extremos, sempre notando que é razoável considerar Bolsonaro de extrema direita, ainda que ele possa não saber direito o nome do que pratica, mas não é correto classificar o PT de extrema esquerda — não com o governo que fez. Se fosse um extremista, teria cometido ainda mais erros, deixo claro.

Quem chamou a atenção para o absurdo foi Luciano Ayan: “Aí não dá para defender Reinaldo Azevedo. O sujeito chama Bolsonaro de extrema direita mas se recusa a chamar Lula de extrema esquerda. Desonestidade intelectual tem limites”. Ou deveria ter.

Comentei rapidamente ontem sobre uma coluna na Folha de Joel Pinheiro, que lamentava a perda do convívio “pacífico” dos brasileiros por conta de uma “ilusória guerra cultural” promovida por dois extremos. Nem Olavo de Carvalho, nem Judith Butler. Nem comunismo, nem “fascismo”. Nem “extrema-direita”, nem extrema-esquerda. Isso depois que os comunistas ficaram no poder por 13 anos e podem voltar em 2018, segundo as pesquisas…

Mas falar da ameaça comunista é paranoia que fortalece o comunismo, uma patota pequena e insignificante… Alguém pretende negar, hoje, que o PT gostaria de levar o Brasil na direção da Venezuela? É uma meta anunciada, ora bolas! Basta ver o que PT e PSOL falam de Maduro, e lembrar que o PT, no poder, tentou aparelhar a máquina estatal toda, controlar tudo, tomar as estatais, comprar a mídia e o Congresso, ocupar até o STF (e isso conseguiu parcialmente). Depois, lamentou não ter feito um esforço maior para aparelhar as Forças Armadas também.

No mais, um “moderado” que surge pedindo mais moderação justo no momento em que a direita finalmente avança sempre suscita suspeitas merecidas. Esses moderados não estavam combatendo com veemência o radicalismo petista antes, ao menos a maioria não estava. E Reinaldo Azevedo, que estava, pelo visto fazia isso tendo como objetivo substituir a esquerda mais radical petista pela mais moderada tucana, e ponto. Qualquer coisa à direita disso é inaceitável.

Não quero dizer, com isso, que Bolsonaro não seja, de fato, radical, e sim que é ridículo chamá-lo de radical ou tratá-lo como a grande ameaça à democracia brasileira enquanto temos Lula e os extremistas de esquerda com chances reais de volta ao poder. A esquerda tem Guilherme Boulos convocando gente para invasões, com apoio de artistas, “intelectuais” e a mídia, e tem gente que acha que quem fala em endurecer com marginais é o vilão da história? A Globo massacra o telespectador diariamente com propaganda “progressista” radical e a guerra cultural é “ilusória”?

Sinceramente, não dá para levar a sério quem considera Bolsonaro um extremista perigoso, e trata Lula, Lula!, e essa esquerda jurássica que ainda enaltece o regime cubano como moderados. É realmente muita desonestidade, coisa de desinformante que trabalha para o projeto esquerdista radical.

Rodrigo Constantino

Meirelles: “Sim, sou presidenciável” (em O Antagonista)

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, disse à Veja que é, sim, presidenciável.

Veja este trecho da entrevista:

O senhor tem consciência de que é um presidenciável?

“Sim, sou presidenciável. As pessoas falam comigo, me procuram, mas ninguém me cobra uma definição. No mundo político, por exemplo, dizem o seguinte: o senhor tem o meu apoio, estou torcendo para isso. Tenho por característica pessoal ser bem pé no chão. Dificilmente vou fazer alguma coisa baseado no entusiasmo. Tenho consciência de que o importante agora é fazer meu trabalho aqui no Ministério da Fazenda. Fazer um trabalho sério e entregar resultados. O futuro é outra coisa. Vamos aguardar.”

O PSD de Gilberto Kassab foi o partido que, por enquanto, convidou Meirelles para concorrer ao Planalto em 2018 pela legenda.

Meirelles, o presidenciável ‘pouco conhecido’: “A situação econômica é o ativo”

Na entrevista à Veja, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comenta o fato de ser “pouco conhecido entre o eleitorado”.

Ele respondeu a essa questão da seguinte forma:

“A lembrança que a população tem do candidato, que os marqueteiros chamam de recall, é importante. O fato de que algumas pessoas já disputaram ou tem, por alguma razão, alta exposição, torna a situação um pouco mais definida. Então, eu tenho que analisar tudo isso: a situação econômica, que é o ativo, as condições políticas do momento e a minha própria disposição. Afinal, ser candidato a presidente é uma decisão que tem grandes custos – e grandes benefícios – para todos, não só para mim. Vou ter que deixar o ministério e deixar o trabalho ainda por um período de decolagem da economia e entrar em um processo que é outra história. Agora, acho que essas situações vão se definir naturalmente não só na economia como na política. Não é só meramente uma decisão do tipo ‘eu vou porque eu quero’.”

Dos males, o maior (O Antagonista)

Só sobrou Geraldo Alckmin no PSDB.

Além de ser o candidato tucano ao Palácio do Planalto, ele pode se tornar também presidente do partido.

Diz o Estadão:

“Em meio à guerra fratricida no PSDB pelo comando do partido, as correntes internas convergem na defesa do governador Geraldo Alckmin como candidato à Presidência da República em 2018.

O nome do chefe do Executivo paulista também passou a ser cotado como alternativa para chefiar a sigla no próximo ano, o que evitaria um racha na convenção tucana marcada para o dia 9 de dezembro.”

O PSDB espera que Geraldo Alckmin dispute o segundo turno contra Jair Bolsonaro e seja eleito com os votos do PT.

O mais provável, porém, é que ele chegue em quarto lugar, com menos de 10% dos votos, e que o PSDB tenha de fechar as portas.

Bolsonaro em defesa do futsal

Jair Bolsonaro participa das seguintes frentes parlamentares: a de Defesa do Futsal; a da Valorização Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e seus Derivados; a da Odontologia; a da Brasil Sem Jogos de Azar; a da Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial; a do Automobilismo Brasileiro; a dos Despachantes e Documentaristas do Brasil; a do Artesão e do Artesanato Brasileiro.

Em algumas delas, ele participa junto com Jean Wyllys.

O que isso quer dizer?

Absolutamente nada.

A própria reportagem do Estadão esclarece que Jair Bolsonaro “não é membro ativo” de nenhuma dessas frentes.

Mas o jornal fez questão de publicar a matéria mesmo assim.

Finados: 114 policiais mortos no Rio

Até hoje, pelas contas oficiais, 114 policiais militares foram mortos no estado do Rio de Janeiro em 2017.

Em um ato no cemitério Jardim da Saudade, a mãe de um desses policiais disse à GloboNews:

“Foquem em guerreiros, em homens, que são nossos escudos e trabalham num serviço sub humano. Sem coletes apropriados, sem armas funcionais.”

Rio: menino de 3 anos baleado na sala de casa tem morte cerebral

Acaba de ser confirmada a morte cerebral de Vitor Gabriel Matheus, de 3 anos, que foi baleado na cabeça, na noite de ontem, enquanto brincava na sala de casa em São João de Meriti, no Rio.

Parte da imprensa insiste em culpar a “bala perdida”.

Para tirar o Brasil do buraco

O Vem Pra Rua quer eleger seus próprios candidatos em 2018.

Rogério Chequer explicou para a Folha de S. Paulo:

“Vimos que não apenas devíamos discutir uma agenda para tirar o Brasil do buraco, mas buscar candidatos interessados em implementá-la. A gente precisa de algo tangível.”

Diz a reportagem:

“O movimento quer selecionar, treinar e divulgar candidatos para Câmara dos Deputados e Senado, em todos os Estados, sejam eles novatos ou não, desde que se alinhem a uma carta de compromissos.

Também compõem a frente: a Aliança Brasil, o Irice (de Rubens Barbosa) e o Ranking dos Políticos.”

Fonte: Poder360 + O Antagonista

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