MPs para Orçamento de 2018 não vão acirrar ânimo com Congresso, diz Meirelles
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira não acreditar que o envio de medidas para compor o Orçamento de 2018 via Medida Provisória (MP) ao Congresso Nacional acirrará os ânimos com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que defendia que essas ações fossem feitas com projetos de lei.
Meirelles, que participou de longa audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, disse a jornalistas que foi importante adotar as MPs porque as medidas entram imediatamente em vigor e, se fosse via projeto de lei, precisaria do aval do Congresso antes.
Na véspera, o governo encaminhou medidas provisórias para ajudar no cumprimento da meta de déficit primário de 2018, como postergação do aumento salarial e a elevação da contribuição previdenciária do funcionalismo. [nL2N1N51PY]
Para Meirelles, as medidas não terão antipatia da população em geral. Para o ministro, ela "acha que todos devem participar do sacrifício (fiscal)".
O ministro disse ainda que não haverá novo Refis, pelo menos neste momento.
(Reportagem de Silvio Cascione e Marcela Ayres)