Sob nova direção: como Raquel Dodge vai reconstruir a Lava Jato após a bomba da JBS?

Publicado em 12/09/2017 09:16

A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, assume o cargo na segunda-feira (18) tendo de limpar a Lava Jato em Brasília dos escombros provocados pela bomba da autogravação dos delatores da JBS. E, ironicamente, a reconstrução da credibilidade da operação na Procuradoria Geral da República (PGR), que não se restringe ao caso da JBS, pode levar à invalidação das provas apresentadas contra cerca de 1,8 mil políticos citados pelo empresário Joesley Batista e outros delatores da empresa.

Dentro do Ministério Público Federal (MPF), Raquel faz parte de um grupo adversário ao do atual procurador-geral, Rodrigo Janot. E, mesmo antes das trapalhadas dos delatores da JBS e das polêmicas criadas por Janot no cargo, a aposta nos bastidores de Brasília já era de que ela iria mudar a condução da Lava Jato na PGR: menos ações midiáticas e mais investigação técnica e contenção dos excessos da operação.

Encruzilhada

Mas talvez nem mesmo Raquel Dodge imaginasse que seria colocada numa encruzilhada tão logo que tomasse posse no cargo. A nova procuradora-geral vai assumir a investigação do bombástico áudio entre Joesley e o diretor da JBS Ricardo Saud em que falam que pretendem usar o procurador do MPF Marcello Miller como uma “ponte” para chegar em Janot. Miller foi braço-direito de Janot na Lava Jato por dois anos.

É justamente a suspeita de que Miller estava advogando para a JBS enquanto ainda era membro do MPF que pode colocar a delação em risco. Especialistas em Direito Penal afirmam que, caso haja comprovação disso, a colaboração premiada pode ser questionada com base no princípio jurídico de que uma ilegalidade contamina as provas produzidas a partir dela. Ou seja, toda a delação estaria ameaçada e não apenas os benefícios obtidos pelos delatores.

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Fonte: Gazeta do Povo

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