Lula volta a Curitiba: o novo plano petista para o depoimento com Moro (GAZETA DO POVO)

Publicado em 10/08/2017 14:08
Defesa do ex-presidente traça estratégia diferente para audiência com o juiz paranaense, dia 13 de setembro, e descarta ‘invasão’ de militantes à capital paranaense, como ocorreu em maio

Ao desembarcar em Curitiba no próximo 13 de setembro para a segunda audiência como réu em processo derivado da operação Lava Jato, é provável que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se depare com um cenário bastante diferente que o encontrado em maio passado, quando por volta de 7 mil pessoas, convocadas por movimentos sociais, vieram manifestar seu apoio ao petista.

“Está todo mundo pisando em ovos para falar qualquer coisa oficialmente, mas já está definido que não será feito um chamado geral para todo o país”, relatou, sob a condição de anonimato, um importante líder petista. “Agora, a estratégia é pulverizar, fazer ações no Brasil todo para debater a sentença, mostrar que, do ponto de vista do partido, foi uma condenação frágil. Não faz mais muito sentido trazer o Brasil todo para cá.”

Isso quer dizer, na prática, que é improvável que se repita dessa vez a invasão de Curitiba por manifestantes favoráveis ao ex-presidente. O que, por sua vez, naquele 10 de maio, fez com que adversários do petista decidissem vir à capital – em bem menor número, é verdade – para mostrar apoio ao juiz federal de primeira instância Sergio Moro. A possibilidade de confrontos entre os grupos naqueles dias levou à montagem de um ostensivo esquema de segurança.

À época, a secretaria da Segurança Pública colocou nas ruas de Curitiba um esquema com 3 mil agentes – vários deslocados do interior –, atiradores de elite, quatro helicópteros e o bloqueio de várias ruas. Tudo isso custou cerca de R$ 150 mil. Dizendo ter havido “gastos necessários, mas indesejáveis de recursos públicos com medidas de segurança”, Moro ofereceu a Lula a possibilidade de ser ouvido por videoconferência de São Paulo. Nada feito, respondeu a defesa.

Lula virá a Curitiba para falar, como réu, no processo em que é acusado de aceitar a compra de um terreno para o instituto que leva o seu nome com dinheiro que, segundo o Ministério Público Federal, é oriundo de propina. A transação custou R$ 12,4 milhões. Os advogados de Lula negam as acusações, e veem prática de lawfare – guerra jurídica, em inglês – contra o ex-presidente.

Na avaliação do PT, o momento não é mais de promover um “confronto” entre Lula e Moro. “Passou. Estamos num momento em que, se algo pode ser mudado, é no tribunal [de segunda instância, em Porto Alegre]. Lula já está condenado [por Moro] num processo, e deve ser condenado nos demais. Além do mais, trazer muita gente para cá dá cacife para o juiz”, relatou o líder petista. Nem mesmo um comício aberto, como ocorreu em maio, é garantido. “Deve haver alguma atividade com ele, aqui, no dia [do depoimento]. Mas será proposto um novo formato.”

Mistério

A reportagem encontrou alguma dificuldade para falar sobre o assunto, abertamente, com líderes de movimentos que organizaram as manifestações de maio. A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, respondeu, por assessoria, que nada estava definido. Ante a insistência por uma entrevista, o estafe de Gleisi disse que ela não tinha interesse em falar do assunto.

A presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Regina Cruz, e Roberto Baggio, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), falaram, mas pouco revelaram. “Até agora não foi debatido nada”, desconversou Regina. “Temos todo um outro calendário de atividades para agosto, e estamos dando prioridade para isso”, tergiversou Baggio.

 

 

É possível que pese, na decisão do PT de não convocar seus militantes a Curitiba novamente, o temor pelo desgaste de ver o partido “cobrado” politicamente pelos custos decorrentes do eventual esquema de segurança a ser montado, aludidos por Moro.

Em maio, dias após o primeiro depoimento de Lula, o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira, disse que o esquema montado à época poderia ser repetido em “maior ou menor proporção” noutras oportunidades. Inquirida a respeito, a pasta também foi evasiva. Disse, em comunicado, que “já iniciou tratativas com a Justiça Federal e Polícia Federal para iniciar um planejamento operacional para garantir total segurança ao ato jurídico”.

Depoimento é “ato político”

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma na petição em que insistiu com o depoimento presencial, em Curitiba, que isso garante o pleno direito de autodefesa de seu cliente. Cita, para isso, trecho de sentença do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso, em que ele anota que “a percepção nascida da presença física não se compara à virtual, dada a maior possibilidade de participação e o fato de aquela ser, ao menos potencialmente, muito mais ampla”.

Mas é difícil acreditar que a decisão do ex-presidente em vir a Curitiba novamente para sentar-se frente a frente com o juiz que já o condenou – no fim de julho, no caso do triplex no Guarujá-– não carregue um componente político. Lula, afinal, tem a intenção manifesta de disputar mais um mandato à Presidência da República.

“O que muda [em relação ao primeiro depoimento presencial, em maio] é que não é uma surpresa. Perdeu-se o ineditismo. Entretanto, a estratégia da defesa de querer a presença de Lula em Curitiba reafirma que eles querem o confronto, querem polarizar com Moro. É um ato essencialmente político, mesmo sem a mesma mobilização popular”, avaliou o cientista político Paulo Baía, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nem mesmo a alegada justificativa do líder petista de que o jogo que importa, para Lula, será disputado em Porto Alegre, na segunda instância, e não mais em Curitiba, convence o cientista. “Não cola. A preocupação com o que ocorre na primeira instância não desaparece. Não há como desconsiderar um lado para se concentrar só no outro”, Baía argumentou.

“Lula preferiu ir [depor pessoalmente] para fazer jogo de cena. A videoconferência tem uma ressonância política muito menor, e ele quer capitalizar o discurso de que é perseguido [pela Lava Jato]”, disse o também cientista político Antônio Flávio Testa, professor da Universidade de Brasília (UnB).

Professor de ética e filosofia da Unicamp, Roberto Romano vê vantagens na tendência de que o novo depoimento de Lula tenha menos tintas de uma final de campeonato de futebol. “É importante que o PT tenha, ao que parece, tomado a decisão de não tentar influenciar o resultado de um processo judicial com manifestações de massa. Mas cabe lembrar que do outro lado temos um juiz com sua própria claque, que [no último dia 1º, quando completou 45 anos] levou para ele um bolo e tudo mais”, argumentou.

Crítico histórico de Lula, Romano também mostrou-se incomodado com o que classificou de “transformação de juízes e procuradores em justiceiros”. “Todos os participantes [do processo penal] precisam agir com o devido decoro. É preciso deixar que a Justiça cumpra os seus rituais. O réu deve ser respeitado, a defesa deve ser respeitada, a acusação deve ser respeitada. Clima de futebol, de torcida, aí, é prova de que não chegamos à maturidade política. E lugar de bolo de aniversário, nesse caso, é no lixo.”  

O MARQUETEIRO DOS TUCANOS É UM PETISTA, POR ACASO? (POR RODRIGO CONSTANTINO)

O PSDB não cansa de nos surpreender. É um partido mais ou menos, de uma esquerda mais moderada, social-democrata, nos moldes europeus. Tem uma ala mais esquerdista, de socialistas fabianos, uma ala mais de centro, e até mesmo alguns mais liberais ali dentro, os estranhos no ninho.

Não obstante, para os padrões brasileiros, onde é preciso baixar muito as expectativas, até que tem um legado econômico razoável, pois foi o partido por trás das privatizações, do Plano Real que debelou a inflação, da Lei de Responsabilidade Fiscal etc.

Mas os tucanos nunca souberam defender esse legado. Quando escrevi Privatize Já, não apareceu um só tucano para festejar, à exceção de Elena Landau, que participou de um debate comigo no lançamento (e me considerou muito radical). O que os tucanos fizeram de certo foi sem convicção ideológica, pelo visto. Vejam só como o partido explora tais conquistas:

É um espanto! Parece uma peça de marketing feita diretamente por um petista! Não imagino um petista fazendo nada diferente, se o objetivo for realçar os erros do partido no lugar dos acertos. É a mentalidade de “elite culpada”, só pode. O PSDB é o ícone da esquerda caviar, que pede desculpas até pelos seus sucessos, no afã de ser mais aceita pela esquerda radical, de preservar uma imagem de limpinha, descolada, cool

Pois é: a grande estratégia política do PSDB é pedir desculpas! Enquanto isso, o PT vai demonizar o atual governo, culpá-lo pela crise que ele mesmo produziu, e oferecer Lula como a salvação. Isso mesmo: o maior canalha do país, o responsável direto pela corrupção institucionalizada e pela desgraça econômica, vai atacar o atual governo pelo caos que o PT causou. E os tucanos vão pedir desculpas! Vão assumir seus erros!

Não é à toa que a CNN é a cara do PSDB, fã de Obama e Hillary Clinton. Vejam a postura da CNN ao fazer uma reportagem sobre como os havaianos pretendem se “proteger” de um eventual ataque nuclear do maluco coreano:

Tem até uma musiquinha de tensão e desespero no fundo. Em vez de pregar uma reação dura como a do presidente Trump, para impedir o ataque, para intimidar o agressor e para derrotar o inimigo, a CNN aceita o destino fatal e faz uma reportagem sobre a “busca de abrigo” contra os efeitos de uma bomba nuclear. Não parece o PSDB se “protegendo” da ameaça petista?

A analogia não foi boa o suficiente? Tenho outra: a Dinamarca, capital mundial da esquerda caviar hoje, resolveu o problema do terrorismo. Sabe como? Com uma campanha para abraçar os terroristas! Isso mesmo: dando carinho a eles, tudo ficará bem. Oferecendo gentileza aos terroristas, eles esperam mudar sua mentalidade. Agora diz: é ou não é a cara dos tucanos?

Isso parece coisa daquela turma do Leblon que vai para a praia com camisetas brancas soltar bolhas de sabão pela paz mundial. É de uma ingenuidade chocante, um romantismo que chega a doer. Depois estranhamos figuras como Ciro Gomes e Jair Bolsonaro conquistando seguidores pelo país. Ao menos falam grosso, não é mesmo?

Não é por acaso que quando surge alguém como João Doria, com postura bem diferente e muito mais combativo do que seus colegas de partido, os próprios tucanos ficam tensos, partem para o ataque… contra Doria! Quem nasceu para apanhar nunca vai conseguir bater…

Rodrigo Constantino

FOI A RECESSÃO QUE LEVOU À QUEDA DA INFLAÇÃO MESMO OU FOI A MUDANÇA DE GOVERNO?

Por Roberto Ellery, publicado pelo Instituto Liberal

Estabelecer relação de causalidade em economia é uma tarefa difícil, em macroeconomia é praticamente impossível. Criar experimentos está fora de cogitação para macroeconomistas, restam os tais experimentos naturais que são raros e cheios de ruídos. Com muita perseverança o pessoal coloca algumas variáveis instrumentais para conseguir dizer alguma coisa com um pouquinho de segurança. Mas é tudo muito frágil e fica ainda mais frágil quando lembramos que dados macroeconômicos são difíceis de medir, não raro é difícil até mesmo estabelecer uma relação entre o conceito que aparece nos modelos e a variável que foi usada na estimação. O caso do consumo é um clássico, vários autores usam séries de consumo em suas estimativas esquecendo que na maioria dos países, inclusive o Brasil, tais séries incorporam o consumo de bens duráveis enquanto os modelos são construídos para bens não duráveis. Edward Prescott e Finn Kydland, ganhadores do Nobel em 2004, escreveram um artigo crucial (para quem se interessou pela questão, link aqui), não por acaso já em seu título o artigo aponta o descompasso entre medida e teoria e as medidas do ciclo de negócios.

Apesar dessa dificuldade em estabelecer relações de causalidade não são poucas as pessoas que afirmam categoricamente a existência de uma relação de causalidade entre crescimento e inflação. Basta você falar da queda da inflação que aparece alguém dizendo que a inflação ocorreu por causa da recessão. Políticos, jornalistas, interessados em geral e mesmo alguns profissionais da área parecem considerar que a existência de uma relação causal entre inflação e desemprego é tão natural quanto a relação causal entre apertar o botão do elevador e o elevador parar no andar desejado. Me pergunto de onde vem tanta certeza diante do conhecimento da dificuldade de estabelecer relações causais em macroeconomia? De nossa história recente não é.

Creio que antes da crise atual o período mais forte que a maioria dos brasileiros tem recordação foi a década de 80, a infame década perdida. Naquela década vivemos uma inflação alta e crescente. A inflação medida pelo IGP-DI foi de 95% em 1981 a 1.216% em 1990 chegando a 2.012% em 1989. A memória da década de 80 nos levaria a crer que a inflação aumenta durante as crises. Tal percepção poderia até ser reforçada pela experiência de 1990, quando a economia encolheu 4,25% e a inflação, como já vimos, foi de 1.216%. A memória recente também não sugere que recessão cause queda da inflação, basta ver o aumento da inflação que acompanhou a chegada da recessão lá por 2014.

Uma alternativa para explicar a crença generalizada de que a queda no crescimento causa queda inflação seria a existência de uma correlação positiva entre as duas variáveis. Nesse caso poderíamos imaginar que a experiencia da década de 90 e do começo da atual recessão são casos atípicos onde outros fatores fizeram com que a inflação subisse apesar da crise. Algumas teorias bem aceitas dariam suporte a esta tese, se bem que existe teoria para todos os gostos quando o assunto é a relação entre inflação e recessão. Com isso em mente peguei os dados de inflação e crescimento no Brasil disponíveis no Ipeadata. Como eu queira o maior período possível escolhi a inflação medida pelo IGP-DI, que está disponível a partir de 1945.

A figura abaixo mostra o resultado de uma regressão entre o logaritmo de um mais a taxa de inflação e o crescimento, repare que a relação descrita na figura é negativa, quanto maior o crescimento menor é a inflação. Tomando por base essa figura alguém concluiria que crescimento alto causa inflação baixa, exatamente o contrário da ideia que a queda no crescimento causou a queda da inflação. Mas a conclusão estaria errada, primeiro porque a correlação não significa causalidade e depois porque a relação negativa não é significativa. Para não incomodar o leitor com conceitos de estatística basta pensar que a relação que aparece é mero fruto do acaso, afinal dificilmente seria exatamente zero, e que os dados não mostram relação entre inflação e crescimento.

Muita coisa aconteceu entre 1945 e 2013, mudanças na forma de mensuração do PIB e da inflação, manipulação de dados e mesmo a hiperinflação podem estar contaminando o resultado. Para minorar tais problemas fiz a mesma regressão com dados de 1996 a 2013, o ano de 2013 foi escolhido porque é o último da série longa disponível no Ipeadata, a figura abaixo mostra o resultado. Agora a relação ficou positiva, porém continua não significativa, o que reforça a tese que tanto a correlação negativa quanto a positiva encontrada resultam do acaso e não de uma relação entre inflação e crescimento.

Seria o Brasil uma exceção? Seríamos como o cara que come feito um desgraçado e, mesmo sendo sedentário, não engorda. Seríamos como um infeliz que sempre pega um elevador quebrado de forma que nunca consegue parar no andar desejado? Para tirar a dúvida recorri aos dados do FMI. Peguei dados de inflação e crescimento para todos os países com mais de cinco milhões de habitantes em 2016 e com dados disponíveis para o período 1981 a 2016, excluí 1980 para não ter de tirar o Brasil da lista de países selecionados. Para cada país fiz a regressão entre inflação e crescimento dos 66 países da amostra, a figura abaixo mostra o resultado para 64 desses países. Retirei a Bolívia e a República Democrática do Congo porque os coeficientes estimados, respetivamente -20,2 e -15,9, estavam muito longe dos outros e distorciam a figura.

Dos 64 países que aparecem na figura apenas 15 apresentam relações significativas a 5% entre inflação e crescimento, desses apenas dois, Japão e Cingapura, apresentam relação positiva, em todos os outros que apresentaram relação significativa a relação foi negativa, ou seja, quanto maior o crescimento menor a inflação. O Brasil, como esperado da análise na primeira parte do artigo, não apresentou relação significativa. Se formos um pouco mais exigentes e pedirmos um nível de significância de 1% então apenas oito países apresentam relação significativa, das quais seis são negativas.

Se procurar por aí o leitor vai encontrar econometristas muito bem formados com estimativas muito bem-feitas mostrando que a correlação existe e é positiva, infelizmente também vai encontrar econometristas muito bem formados com estimativas muito bem-feitas mostrando que a correlação existe e é negativa. Se bobear vai encontrar até alguns econometristas, não sei dizer se tão bem formados, encontrando relações de causalidade entre crescimento e inflação. Caso o leitor for mais audacioso e procurar nos modelos teóricos vai encontrar de (quase) tudo sem precisar da lista de ganhadores do Nobel, tem modelos onde crescimento causa inflação, tem modelo onde inflação causa crescimento, tem modelo onde existe uma correlação e não existe causalidade e tem modelo onde nem mesmo correlação aparece.

Não creio que a crença generalizada seja por conta dos econometristas e macroeconomistas incríveis e seus modelos voadores, por mais incríveis que sejam os textos que essa turma escreve não costumam ser lidos por tanta gente assim, ademais está cheio de coisas que eles dizem com mais convicção que a relação entre inflação e desemprego e ninguém parece acreditar. Será que é porque políticos, empresários amigos e banqueiros costumam ficar felizes com uma inflação “um pouquinho mais alta”? Não, não deve ser, só de pensar nisso já me vejo ficando paranoico. Olhei os dados, escrevi o artigo e ainda não sei de onde vem tanta certeza que a recessão causou a queda da inflação, principalmente quando vejo que houve uma clara mudança de trajetória logo após a mudança de governo (link aqui), deve ser coincidência… ao leitor que teve paciência de ler até aqui, lamento, mas não deu para dizer de onde vem tanta certeza, talvez seja porque o Mantega falou.

 
Fonte: Gazeta do Povo

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