PF prende ex-secretário de Obras do Rio por propina em projetos ligados à Olimpíada

Publicado em 03/08/2017 09:40

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira um ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro por suspeita de recebimento de propina em obras ligadas à realização dos Jogos Olímpicos de 2016, em desdobramento das investigações da operação Lava Jato no Estado.

De acordo com a PF, foram desviados pelos menos 35,5 milhões de reais das obras do corredor expresso de ônibus BRT Transcarioca e do programa de despoluição da Bacia de Jacarepaguá para pagamento de propina a autoridades.

A Justiça Federal expediu 10 mandados de prisão, 3 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão a serem cumpridos em vários bairros da capital fluminense e na cidade vizinha de Niterói, além de São Paulo, Recife e Petrolina (PF).

O ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto, que atuou durante a gestão do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB), foi preso em casa em um condomínio na zona oeste da cidade.

Paes, que governou a cidade de 2009 a 2016, disse em nota que será "uma grande decepção" caso confirmadas as acusações contra seu ex-secretário. "Alexandre Pinto é um servidor de carreira da Prefeitura do Rio. A política não teve qualquer relação com sua nomeação para a função de secretário de Obras", afirmou.

Segundo as investigações da chamada Operação Rio 40 Graus, o esquema criminoso envolvia o pagamento de propina a servidores públicos nas esferas municipal e federal por meio de serviços fictícios de advocacia e entregas de valores em espécie.

O BRT Transcarioca é uma das vias exclusivas de ônibus construídas no Rio tendo em vista a melhoria da mobilidade urbana da cidade para os Jogos Olímpicos do ano passado, ligando o aeroporto internacional ao bairro da Barra da Tijuca, que foi o coração da Olimpíada.

O projeto de despoluição da Bacia de Jacarepaguá também fez parte da proposta da cidade para receber a Olimpíada, assim como a limpeza da Baía de Guanabara, mas ambos os projetos de despoluição das águas acabaram não se concretizando.

(Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

Fonte: Reuters

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