Brasil tem desemprego de 13,3% no trimestre até maio, diz IBGE

Publicado em 30/06/2017 09:06

A taxa de desocupação foi estimada em 13,3% no trimestre março-abril-maio 2017, permanecendo estável em relação ao trimestre dezembro-janeiro-fevereiro. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa foi estimada em 11,2%, o quadro foi de elevação (2,1 pontos percentuais). Esta foi a maior taxa de desocupação para o trimestre terminado em maio desde o início da série da pesquisa, no 1º trimestre de 2012.

A população desocupada foi estimada em 13,8 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e 20,4% (mais 2,3 milhões de pessoas) maior que no mesmo trimestre de 2016.

A população ocupada (89,7 milhões) manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, mas caiu 1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.

 O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) também ficou estável em relação ao trimestre anterior (53,4%). Em relação ao nível de ocupação do mesmo trimestre de 2016 (54,7%), houve retração de 1,3 ponto percentual. Este foi o menor nível da ocupação da série histórica da pesquisa para trimestres terminados em maio.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,3 milhões) apresentou redução em ambos os períodos de comparação: frente ao trimestre dezembro-janeiro-fevereiro (-1,4% ou menos 479 mil pessoas) e no confronto com o trimestre de março a maio de 2016 (-3,4% ou redução de 1,2 milhão de pessoas).

O rendimento médio real habitual (R$ 2.109) no trimestre encerrado em maio de 2017 manteve estabilidade frente ao trimestre anterior (R$ 2.102) e, também, em relação ao mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.062). A massa de rendimento real habitual (R$ 184,4 bilhões) no trimestre encerrado em maio de 2017 também ficou estável nas duas comparações.

No trimestre de março a maio de 2017, havia aproximadamente 13,8 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Este contingente apresentou estabilidade frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2017, quando a desocupação foi estimada em 13,5 milhões de pessoas. No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 20,4%, significando um adicional de 2,3 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.

O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 89,7 milhões no trimestre de março a maio de 2017. Essa estimativa apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior (dezembro a fevereiro de 2017) e declínio em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (março a maio de 2016 / -1,3%, ou redução de 1,2 milhão de pessoas).

 O nível da ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 53,4% no trimestre de março a maio de 2017, apresentando estabilidade frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2017, (53,4%). Em relação a igual trimestre do ano anterior este indicador apresentou retração de 1,3 ponto percentual, passando de 54,7% para 53,4%. Ressaltamos que este foi o menor nível da ocupação observado para este trimestre, desde o início da série iniciada no 1º tri de 2012.

Na força de trabalho, (pessoas ocupadas e desocupadas) no trimestre de março a maio de 2017, foi estimado em 103,5 milhões de pessoas. Observou-se que esta população apresentou elevação de 0,6% quando comparada com o trimestre de dezembro a fevereiro de 2017. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior houve expansão de 1,1% (acréscimo de 1,2 milhão de pessoas). Importante acrescentar que o crescimento observado da força de trabalho no Brasil se deu principalmente em função do aumento da desocupação registrado nos últimos anos.

O contingente fora da força de trabalho no trimestre de março a maio de 2017 foi estimado em 64,4 milhões de pessoas. Observou-se que esta população apresentou estabilidade quando comparada com o trimestre de dezembro a fevereiro de 2017. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior apresentou alta de 0,9% (aumento de 569 mil pessoas).

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimado em 33,3 milhões de pessoas, apresentou redução em ambos os trimestres comparativos. Frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2017 (-1,4% ou menos 479 mil pessoas) e no confronto com o trimestre de março a maio de 2016 (-3,4% ou redução de 1,2 milhão de pessoas).

No período de março a maio de 2017, a categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,5 milhões de pessoas) apresentou elevação em relação ao trimestre anterior (2,2%). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou aumento de 4,1%, um adicional estimado em 409 mil pessoas.

A categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 22,4 milhões de pessoas, registrou estabilidade na comparação com o trimestre anterior (dezembro a fevereiro de 2017). Em relação ao mesmo período do ano anterior o movimento foi de queda (-2,6%, ou seja -599 mil pessoas).

O contingente de empregadores, estimado em 4,1 milhões de pessoas, mostrou-se estável frente ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, esse contingente registrou elevação de 9,3% (estimado em mais 351 mil pessoas).

A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 6,1 milhões de pessoas, se manteve estável em ambos os trimestres comparativos.

A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de março a maio de 2017, em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2017, mostrou queda na Construção (-3,9% ou – 271 mil pessoas) e aumento na Indústria Geral (3,0% ou mais 344 mil pessoas), Alojamento e alimentação (2,9%, ou mais 144 mil pessoas) e na Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,9% ou mais 287 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Na comparação com o trimestre de março a maio de 2016, foi observada redução nos seguintes grupamentos: Construção (-10,6% ou -793 mil pessoas), Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Agricultura (-7,3% ou -684 mil pessoas) e Serviços domésticos (-3,2% ou -203 mil pessoas). E verificou-se aumento nos grupamentos: Alojamento e Alimentação (12,5% ou mais 568 mil pessoas) e Outros serviços (6,2% ou mais 257 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.109 no trimestre de março a maio de 2017, registrando estabilidade frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2017 (R$ 2.102). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.062) o quadro também foi de estabilidade.

O rendimento médio real habitual apresentou variação positiva em relação ao trimestre anterior (dezembro a fevereiro de 2017), apenas para os Trabalhadores domésticos, 1,5%, ficando estável para os demais grupamentos. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (março a maio de 2016) para todas posições na ocupação foi registrada estabilidade.

Na comparação com o trimestre de dezembro a fevereiro de 2017, apenas o grupamento dos Serviços domésticos registrou variação positiva de 1,5%. Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. Frente ao trimestre de março a maio de 2016, o grupamento Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou elevação da renda média de 7,8%, enquanto os demais grupamentos se mantiveram estáveis.

A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada, para o trimestre móvel de março a maio de 2017, em R$ 184,4 bilhões de reais, ficando estável tanto frente ao trimestre de dezembro a fevereiro de 2017, quanto frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: IBGE

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