Goldman Sachs vê risco de o país sofrer uma nova recessão

Publicado em 25/05/2017 00:25 e atualizado em 25/05/2017 06:32
Solução rápida para a crise política não é provável, avalia banco americano stest

[Bloomberg] A manutenção da incerteza política ampla e de longa duração seria “altamente corrosiva” para os preços dos ativos e para a economia do Brasil, informou ontem o banco americano Goldman Sachs em relatório. Entre as consequências macroeconômicas, a instituição cita o risco de interrupção da recuperação econômica e, no extremo, haver o que chamam de “recessão em W”, quando a economia sofre duas quedas bruscas entremeadas por um período breve de recuperação.

“A perspectiva para atividade real se tornou muito mais incerta e com forte inclinação a um crescimento mais fraco do que o previsto em nosso atual cenário-base”, alertou o banco. “Nossa expectativa de crescimento real modesto de 0,6% do PIB para 2017 se baseia na hipótese de uma atividade real mais firme durante o segundo semestre, mas pode ser seriamente comprometida pelos desdobramentos recentes”.

O Goldmand Sachs vê ainda risco de rebaixamentos da nota de crédito do Brasil, alerta similar ao já feito pelas agências de classificação de risco Fitch e Moody’s.

Continue lendo no site do O Globo.

Moody’s: denúncia contra Temer prejudica perspectiva de crédito do Brasil; Fitch vê maior incerteza

Para a agência de classificação de risco Moody’s, as denúncias de Joesley Batista contra o presidente Michel Temer prejudicam a perspectiva de crédito do Brasil e ameaçam “paralisar ou reverter o positivo momento político e econômico observado recentemente.”, afirmou em comunicado divulgado nesta sexta-feira. Já a agência de classificação de risco Fitch afirmou que a crise política eleva a incerteza sobre a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista e também podem abalar a recuperação econômica. A agência manteve inalterada, porém, a nota de crédito soberana do Brasil, em “BB” (abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador), com perspectiva negativa.

“As alegações envolvendo o presidente Michel Temer prejudicam a perspectiva de crédito do Brasil ameaçando paralisar ou reverter o positivo momento político e econômico observado recentemente. Elas também desviam o foco dos esforços para a promoção das reformas fiscais. Estas reformas, que são críticas para a melhora da força fiscal do país, provavelmente serão interrompidas”, afirmou a Moody’s em nota divulgada ao mercado.

Continue lendo no site do O Globo.

 

 

Fonte: O Globo

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ações sobem após dados de inflação, mas acumulam queda na semana
Dólar cai após BC vender US$7 bi e Senado aprovar pacote fiscal
Taxas futuras de juros voltam a ceder com aprovação do pacote fiscal e comentários de Lula
Transição com Galípolo mostra que BC técnico permanece, diz Campos Neto
Ações europeias têm pior semana em mais de três meses, com queda no setor de saúde
Presidente do Fed de NY diz que BC dos EUA segue no caminho certo para cortes de juros
undefined