Perondi admite não haver votos para aprovar Previdência em plenário; governo vai intensificar ação com deputados

Publicado em 08/05/2017 11:50

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Primeiro vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), admitiu nesta segunda-feira que o Palácio do Planalto ainda não tem os 308 votos mínimos para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Casa, mas destacou que a estratégia é intensificar a partir de agora o corpo-a-corpo com deputados e bancadas para assegurar esses apoios.

"Agora não temos os votos, mas chegaremos a 330 com segurança", disse o parlamentar à Reuters.

Perondi participou de uma reunião com o presidente Michel Temer e outras lideranças da Câmara para discutir ações para passar a reforma no domingo.

Segundo o deputado, o governo vai centrar inicialmente seus esforços para finalizar a análise nesta terça-feira dos destaques da proposta na comissão especial, após ter votado o texto-base na semana passada.

Ele e o relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), garantiram a Temer que os destaques que tiveram acordo com o governo serão aprovados na comissão.

Perondi disse que, depois disso, conforme ficou acertado no encontro com Temer, o foco será fazer um contato individual com deputados, lideranças e dirigentes partidários para explicar as modificações feitas no texto e mostrar a necessidade de aprovar a reforma.

Estarão envolvidos nessas costuras, conforme o deputado, o próprio Temer e integrantes do governo das áreas política e econômica.

O deputado disse que Temer estava "animado" com a aprovação do texto-base da reforma na comissão especial e "muito firme" de que vai passar na Câmara. A proposta deve ser analisada pelo plenário no fim de maio.

O parlamentar, contudo, não quis fazer qualquer vinculação ao fato de que a reforma da Previdência só iria à votação no plenário da Casa após os senadores aprovarem a reforma trabalhista.

"Não vai passar olhando para o Senado, o foco é olhar para os deputados", frisou.

Perondi afirmou ainda que, a partir desta semana, novas campanhas publicitárias em defesa da reforma serão veiculadas nos meios de comunicação a fim de sensibilizar os parlamentares e a população da necessidade da reforma.

Fonte: Reuters

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