FOLHA entrevista o dep. Jair Bolsonaro : "Não é a imprensa ou o STF que vai falar o limite pra mim, diz Bolsonaro"

Publicado em 13/03/2017 10:12
THAIS BILENKY, ENVIADA ESPECIAL DA FOLHA DE S. PAULO A BRASÍLIA

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), 61, promete nomear militares para metade de seu ministério se eleito presidente. Ele atribui seu desempenho –tem 9% das intenções de voto no Datafolha – à defesa da violência como meio para combater a violência.

Bolsonaro conversou com a Folha em seu gabinete na Câmara na terça (7) e por telefone na sexta (10). Disse que nem imprensa nem Supremo "vão me falar o que é limite".

Ele determinou que um assessor filmasse a entrevista para evitar "deturpações".

*

Folha - Sua candidatura nem sempre é levada a sério. Qual sua expectativa para 2018?
Jair Bolsonaro - Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando.
Quem sou eu na política perto de Serra, Aécio, Alckmin, Marina, Ciro? Ninguém. Sou um deputado que vocês chamam de baixo clero. Só que não sou uma coisa antes das eleições e outra depois.

Quais setores o apoiam?
Tenho simpatia enorme das Forças Armadas e auxiliares, do público evangélico.

Parte da comunidade judaica o apoia e parte diz que suas ideias fomentam neonazismo.
Só na cabeça de vocês. Onde tem uma frase minha, um gesto meu, um "heil, Hitler"?

O senhor diz que não defende tortura, mas acusa de vitimização quem a condena.
Quando disse "isso que dá torturar e não matar", foi uma resposta para os vagabundos aqui que estavam se vitimizando que foram torturados pelos militares. Ninguém é favorável à tortura.

E a métodos de violência para obter informação?
Tem de ter métodos enérgicos. Eu proponho, o Congresso aprova. Ninguém é candidato para ser ditador.

O que é método enérgico?
Tratar o elemento com a devida energia.

Bater?
Qual o limite entre bater e tratar com energia? Não tem limite, pô. O cara senta ali, faz a pergunta, ele responde. Se não responde, bota na solitária. Fica uma semana, duas semanas, três meses, quatro meses... Problema dele.

Com comida?
Dá comidinha para ele, dá. Dá um negocinho para ele tomar lá, um pãozinho, uma água gelada, um brochante na Coca-Cola, tá tranquilo.

O que é brochante?
Calmante, um "boa-noite, Cinderela".

Acha construtivo adotar um discurso violento?
Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil.

O sr. não teme ser punido?
Por que seria? Eu tenho imunidade para quê? Sou civil e penalmente inimputável por qualquer palavra. Posso falar o que bem entender, isso é democracia. Já dei soco em alguém, dei tiro, dei coice?

Mas é réu por incitação ao crime de estupro e injúria.
Não vou discutir. Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei.

O senhor é a favor que militares assumam postos como, por exemplo, no Congresso?
Pelo voto, pode assumir qualquer coisa. E tenho certeza que a gente vai botar muito militar aqui dentro em 2018.

O senhor já disse ser favorável a fechar o Congresso. Mudou?
Eu demonstrei uma indignação popular. Se você perguntar para o povo, ele diz que tem de fechar o Congresso e tocar fogo. Eu não vou pregar fechar o Congresso nunca. Mas vocês têm que ajudar a mudar isso aí [a qualidade do Legislativo].

O sr. disse que fuzilaria FHC.
Falei pela forma como ele privatizou a Vale do Rio Doce. Lembrei-me do pai dele, quando passamos do Império para a República, quando perguntaram [o que ocorreria] se a família real não fosse embora, ele falou "fuzila a família real". [O avô de FHC teria dito isso.]

Está valendo?
Não. São metáforas, formas de expressão.

O sr. o admira?
Ele [FHC] está para ganhar o título de princesa Isabel da maconha, porque quer liberar as drogas no Brasil.

E Lula?
Pelo amor de Deus, não vou nem responder [risos].

Como avalia o governo Temer na economia?
A âncora da inflação é a perda de poder aquisitivo, não tem mérito do governo. A legislação trabalhista é completamente madrasta para quem quer empregar. Segundo os empresários, não segundo Bolsonaro, o trabalhador vai ter de decidir: menos direitos e emprego ou todos os direitos e desemprego.

Por que é contra a reforma da Previdência?
Completamente contra. É um remendo de aço numa calça podre. Está muito forte a proposta dele.

É a favor da exclusão dos militares da reforma?
A carreira militar tem tanto privilégio que nenhum deputado tem filho militar.

O senhor tem três filhos no Legislativo.
Não tem nada a ver. Eles viram que o pai sofreu, trabalhava 80 horas por semana [no Exército], com salário lá embaixo. Não queriam essa vida.

E vida de deputado é boa?
É o céu e o inferno. Se bem que vai virar inferno na semana que vem, quando o nome do pessoal vem à tona [na lista de pedidos de inquéritos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base em delações da Lava Jato].

Nas Forças Armadas, não teria de ter reforma previdenciária?
Se nos colocarem os mesmos direitos trabalhistas, vão ver as Forças Armadas em greve, é isso que vocês querem? Não estou pedindo hora extra, só reconhecimento. Na hora da dor de barriga, lembram-se da gente. É Olimpíada, Copa, o problema no Espírito Santo.

E na política, como vê o governo Temer?
Está fazendo tudo para se manter vivo, só isso. Não vou ajudar a desestabilizar, mas não votar tudo o que ele quer. Meu voto não é comprado.

O que acha de Temer ter auxiliares envolvidos na Lava Jato ?
Se eu chegar lá um dia, vou botar militares em metade dos ministérios, gente igual a mim. Ele está botando gente igual a ele. Quer que eu continue? Acho que não precisa.

Na outra metade do ministério, colocaria mulheres, gays?
Eu não vou perguntar, não vou ter cota de lésbica.

Se for uma pessoa publicamente gay?
Se ela for competente, vai ocupar a função, se eu convidar e se ela topar, né... Agora, você não pode fazer da sua opção sexual carteira de trabalho. Você vê a Eleonora Menicucci. Declarou que faz sexo com homens e mulheres e seu grande orgulho é a filha gay. A Dilma a escolheu para secretária de Política para as Mulheres. Você acha que ela representa a minha mãe, dona Olinda, de 89 anos?

Se tivesse alguém que falasse isso que achasse competente, o senhor nomearia?
Não, não, não. Vocês estão desgastando os valores familiares. Daqui a pouco vai virar uma anarquia esse Brasil aí.

E isso não é homofobia?
Se eu sou deputado e te canto agora, você vai se sentir bem? Não, né? Então, o trabalho nosso não tem nada a ver com opção sexual. Você começa a falar por aí "eu sou lésbica" para ver se uma mulher aí simpatiza contigo...

O sr. foi acusado de homofobia e racismo várias vezes.
Sou acusado de tudo, só não de corrupto. Viu algum deputado devolver dinheiro que recebeu de empresário para campanha? Só eu.

O sr. tem um braço direito?
Tenho amigos. Ontem [segunda] almocei com gente do sistema financeiro. Não vou falar quem. Já tive reuniões com variados setores que mexem com bilhões em SP.
O empresariado não quer mais curtir férias na Flórida. Quer ficar no Brasil. Como podemos ajudar a resolver a violência? Não vai ser com política de direitos humanos.

Uma das medidas que o senhor defende é o armamento.
Foram fazer um escracho na minha casa e ameaçaram entrar. Eu falei: "Se entrarem, não sairão". Agora o Ministério Público quer saber o que é "não sairão". É atirar neles. Não, "não sairão" é dar cafezinho, água gelada.
Tenho três armas e muito cartucho. Ia embalar e dar balinha para chupar. Entra na minha casa, estupra minha mulher, fode a minha filha, e eu tenho que bater palmas para liberdade de expressão?
Por isso que essa porra desse país está nessa merda aí. E por isso que o pessoal gosta de mim. Eu não estou maluco! E vocês, né, de esquerda, jornalista de esquerda está cheio, né? Vocês estão cavando a própria sepultura.

  Ricardo Borges/Folhapress  
O deputado Jair Bolsonaro, no clube de subtenentes e sargentos, no Rio

 

REINALDO AZEVEDO ANALISA ENTREVISTA DE BOLSONARO:

Bolsomito: FHC está para princesa Isabel como maconha para negro?

Jair Bolsonaro, líder da direita xucra e bibelô tático daquela que se quer esperta, resolve assombrar o mundo com novos pensamentos profundos (por Reinaldo Azevedo)

A direita xucra tem no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) seu guia e seu mestre. Nas redes sociais, o bolsonarismo parece ser um fenômeno irresistível. Pura cascata. Certa direita que se quer instruída e civilizada — só não está claro por quais livros — evita comprar briga com ele por motivos supostamente táticos: “A eleição pode caminhar para um Fla-Flu com os esquerdistas, e queremos o eleitorado do ‘Bolsomito’”. A covardia e o oportunismo gostam de se fingir de inteligência. Se houver mesmo esse embate, seus eleitores poderiam votar na esquerda? Seria justo, mas não creio que o fizessem.

Depois de gravar um vídeo, no Dia Internacional da Mulher, em que propõe que o “mimimi do feminicídio” seja enfrentando pelo “homicídio”, ele dá, nesta segunda, mais uma grande contribuição ao pensamento político: uma entrevista à Folha. E ele é tão mais encantador quanto mais irônico tenta parecer.

Thaís Bilenky conduziu o trabalho com correção. E imagino a que custo! Um dos mantras de gente como Bolsonaro é se dizer perseguida pela imprensa. Pois é. Poderia ter revelado pensamentos profundos, não é?, coisa que nem ele nem seus robôs fazem na Internet.

Prestem atenção a esta pergunta e à resposta:

O senhor diz que não defende tortura, mas acusa de vitimização quem a condena.
Quando disse “isso que dá torturar e não matar”, foi uma resposta para os vagabundos aqui que estavam se vitimizando que foram torturados pelos militares. Ninguém é favorável à tortura.

Vamos lá. Notem que a jornalista nem apelou à sua fala estúpida. Foi ele próprio quem a lembrou. Ora, o homem que diz “isso que dá torturar e não matar” está dizendo, obviamente, que a tortura é só parte do serviço.  Só é completo quando o torturado morre. E aí ele emenda como se pudesse pertencer ao grupo dos primatas que lidam com a lógica: “Ninguém é favorável à tortura?”. Não? E à tortura seguida de morte, deputado?

Mais adiante, ele repete um mantra que lhe foi soprado aos ouvidos por liberais de fancaria e tenta transformar a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar em valores absolutos. Leia mais um trecho:

O sr. não teme ser punido?
Por que seria? Eu tenho imunidade para quê? Sou civil e penalmente inimputável por qualquer palavra. Posso falar o que bem entender, isso é democracia. Já dei soco em alguém, dei tiro, dei coice?
Mas é réu por incitação ao crime de estupro e injúria.
Não vou discutir. Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei.

Bem, comecemos pelo fim. Se não se arrepende de nada do que falou, está dizendo aos senhores ministros do Supremo que ele mantém a afirmação de que uma deputada não merece ser estuprada porque é muito feia. A frase o fez réu por aquilo que acho que é: incitação ao estupro — mas só das mulheres bonitas…

Entendo que Bolsonaro considere que só o soco, a bala e, sobretudo, o coice constituam agressões. Bem, sabidamente, há outras. Não existem direitos absolutos. É um princípio da civilização.

E vale destacar uma sequência que é típica dos asnais.

O sr. disse que fuzilaria FHC.
Falei pela forma como ele privatizou a Vale do Rio Doce. Lembrei-me do pai dele, quando passamos do Império para a República, quando perguntaram [o que ocorreria] se a família real não fosse embora, ele falou “fuzila a família real”. [O avô de FHC teria dito isso.]
Está valendo?
Não. São metáforas, formas de expressão.
O sr. o admira?
Ele [FHC] está para ganhar o título de princesa Isabel da maconha, porque quer liberar as drogas no Brasil.

Encerro
Então fiamos assim. O mui admirado por alguns buldogues disfarçados de liberais fuzilaria (metáfora, claro!) FHC por causa da privatização da Vale. Sim! Ele e os comunas não se conformam com isso. Indagado se o admira, diz que o ex-presidente está para ganhar o título de “princesa Isabel da maconha”… Bolsonaro é contra a descriminação das drogas. A propósito: também sou, mas…

Esperem! Se ele considera a liberação das drogas um mal e se FHC vai ser a princesa Isabel, a maconha, na sua metáfora (ou os consumidores), correspondem aos negros, certo?

Está claro que Bolsonaro não admira a princesa Isabel da maconha.

Os primatas lógicos têm de concluir que ele também não admira a princesa Isabel dos negros.

Eis o homem que manda ministros do Supremo catar coquinho. (REINALDO AZEVEDO).

O verdadeiro legado de Lula (EDITORIAL DO ESTADÃO)

Lulopetismo deixou para o País a pior recessão econômica desde 1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem precedentes

No mesmo dia em que tomou conhecimento do escabroso volume de dinheiro sujo usado pela Odebrecht para, no dizer do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “apropriar-se do poder público”, o País foi apresentado ao resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016. Poderiam ser dois dados estanques que apenas por uma infeliz coincidência vieram à luz ao mesmo tempo. Mas não são. Está-se diante do mais eloquente painel do desastre que representou o governo do ex-presidente Lula da Silva, um tétrico quadro dos males infligidos aos brasileiros pelo lulopetismo.

É este o verdadeiro legado de Lula – a pior recessão econômica desde 1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem precedentes, cuja voracidade por dinheiro público parece não ter deixado incólume sequer uma fresta do Estado Democrático de Direito.

Em depoimento prestado ao TSE no processo que apura o abuso de poder econômico da chapa Dilma-Temer na última eleição presidencial, Hilberto Mascarenhas Filho, ex-executivo da Odebrecht, afirmou que entre 2006 e 2014 a empreiteira destinou US$ 3,4 bilhões – mais de R$ 10 bilhões – para o financiamento de campanhas eleitorais por meio de caixa 2 e para o pagamento de propinas, no Brasil e no exterior, como contrapartida ao favorecimento dos negócios da empresa por agentes públicos.

Igualmente grave foi a divulgação da queda de 3,6% do Produto Interno Bruto no ano passado, embora este resultado já fosse previsto pelo mercado. Em 2015, a retração da atividade econômica havia sido ainda mais expressiva – 3,8% –, de modo que os dois últimos anos representaram um encolhimento de 7,2% da economia brasileira. Considerando o crescimento da população no período, em média, os brasileiros ficaram 11% mais pobres no último biênio.

Alguns analistas atribuem parte da responsabilidade pelo resultado negativo de 2016 ao presidente Michel Temer, tendo-se em vista que em maio do ano passado ele assumiu o governo após a aceitação, pelo Senado, da abertura do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. É caso de desinformação, uma absoluta ignorância da dimensão do dano causado às contas públicas por seus antecessores, ou simplesmente malícia. Aqueles que não deixam a catarata ideológica obnubilar a clareza dos números não têm maiores dificuldades em responsabilizar os que, de fato, devem ser responsabilizados. A profunda crise econômica por que passa o País é resultado direto da mais nociva combinação de atributos que pode se esperar em um governante: inépcia e má-fé.

Lula é corresponsável pelos crimes cometidos por Dilma Rousseff, que, com justiça, lhe custaram o cargo. Mais do que uma escolha, Dilma foi uma imposição de Lula ao PT como a candidata do partido nas eleições de 2010. Jactava-se Lula de ser capaz de “eleger até um poste”. De fato, elegeu um, que tombou deixando um rastro de destruição.

Estivesse verdadeiramente imbuído do espírito público que anima os estadistas que escrevem as melhores páginas da História, Lula poderia ter conduzido o País na direção daquilo que por muito tempo não passou de sonho. Nenhum governante antes dele reuniu apoio popular, apoio congressual – hoje se sabe a que preço –, habilidade política e uma conjuntura internacional favorável, tanto do ponto de vista macroeconômico como pessoal. O simbolismo de sua ascensão ao poder era, a priori, um fator de boa vontade e simpatia. Todavia, apresentado aos caminhos históricos que poderia trilhar, Lula optou pelo próprio amesquinhamento, para garantir para si, sua família e apaniguados uma vida materialmente confortável.

Cada vez mais enredado na teia da Operação Lava Jato, Lula apressa-se em lançar sua candidatura à Presidência em 2018. Como lhe falta a substância da defesa jurídica bem fundamentada – tão fortes são os indícios de crimes cometidos por ele apurados até aqui –, resta-lhe o discurso político como derradeiro recurso.

Se condenado em segunda instância, Lula ficará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Mas se o tempo da Justiça não for o tempo da próxima eleição, que a retidão dos brasileiros genuinamente comprometidos com a construção de um País melhor seja implacável no julgamento das urnas.

Lula converteu-se no bode exultório do petismo, por Josias de Souza (UOL)

Todo mundo comenta a má sorte dos bois de piranha do PT. Gente que é jogada no rio para ser comida, enquanto alguém escapa. No momento, há três bodes expiatórios petistas hospedados no sistema carcerário de Curitiba: José Dirceu, Antonio Palocci e João Vaccari. Fala-se sobre muito sobre eles. Mas ninguém se lembra de mencionar que há no PT um grande bode exultório, um personagem que escapa sempre: Lula.

Réu em cinco ações penais, Lula prepara-se para voltar à estrada. Dividirá sua agenda entre os depoimentos à Justiça e os atos de campanha. Com antecedência incomum, o pajé do PT inaugura a corrida presidencial de 2018. Lula adianta o relógio por necessidade, não por opção. Imagina que o figurino de candidato torna mais verossível sua pose de vítima. Nessa versão, avalia o bode exultório, Sergio Moro e outros juízes condenarão um projeto político, não um culpado.

Essa estratégia apresenta dois problemas. O primeiro é que o PT precisa varrer muita coisa para baixo do tapete a fim de que o seu bode exultório continue a desfilar sua santidade presumida em cima do tapete. E ninguém sabe até quando o acobertado ficará quieto. Diz-se, por exemplo, que Palocci, bem próximo de arrostar uma condenação, já coça a língua. O segundo problema é a presunção do PT de que o Brasil é uma nação de bobos.

Fonte: Folha de S. Paulo + VEJA

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