Na Folha: 'Feitiço' de Trump contra a China no comércio pode virar contra 'feiticeiro'
Ao anunciar na segunda-feira (23) a retirada dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), o presidente Donald Trump celebrou a ocasião como um símbolo de sua estratégia de fazer frente ao poderio econômico da China na região Ásia-Pacífico (que engloba também a Oceania).
Mas a ação de Trump, que desfez sete anos de árduas negociações de seu antecessor, Barack Obama, poderá acabar servindo justamente como uma ferramenta para consolidar a presença de Pequim na área.
Obama fez de tudo para que a China fosse excluída do tratado, que engloba outros 11 países transpacíficos, entre eles três latino-americanos –México, Peru e Chile.
Os outros integrantes são: Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Brunei, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Washington buscava assim aumentar sua presença em uma das zonas econômicas mais dinâmicas do mundo, e ao mesmo tempo impedir que a China preenchesse um "vazio regional".
Por isso, a retirada americana, por força do decreto presidencial assinado por Trump, parece abrir uma brecha para que a China faça justamente o que Obama temia.
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