Com crise política, Temer planeja reforma ministerial em fevereiro
Com o receio do agravamento da atual crise política, o presidente Michel Temer planeja uma minirreforma ministerial em fevereiro para reacomodar sua base aliada e contornar insatisfações no início do ano que vem.
Além de substituir nomes que possam deixar o governo federal até o início de 2017 por conta do conteúdo de delações premiadas de executivos da Odebrecht, a intenção é contemplar com mais espaço na Esplanada dos Ministérios partidos da base aliada.
A estratégia é evitar que siglas governistas abandonem a tropa de choque no Congresso Nacional diante de turbulências geradas na política pela revelação de novas denúncias de irregularidades, sobretudo no momento em que legendas de oposição articulam o impeachment de Temer.
A avaliação é que o Palácio do Planalto precisa atuar de maneira mais incisiva diante de eventuais ameaças de rebelião na base aliada.
No PSB, por exemplo, um grupo defende a saída da sigla do campo governista e, no chamado "centrão" –aliança de legendas média–, dirigentes partidários articulam contra pautas enviadas pela gestão federal.
Para segurar as siglas, o presidente avalia mudanças nos comandos de ministérios como Trabalho, Saúde e Meio Ambiente.
Como o PV já anunciou posição de independência no Congresso Nacional, a ideia é que a pasta do Meio Ambiente seja oferecida a siglas que ainda estejam na base aliada, como o PSB.
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