Lava Jato: Executivos da Odebrecht assinam acordos de delação (em VEJA)
Executivos da construtora Odebrecht estão assinando desde a manhã desta quarta-feira os acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para colaborar com as investigações da Operação Lava Jato. A delação do grupo é considerada como a “do fim do mundo”, pois promete implodir o mundo político — e até o juiz Sergio Moro faz votos de que “o Brasil sobreviva”.
Conforme revelou VEJA no mês passado, o acordo envolve os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o atual, Michel Temer, tucanos de alta plumagem, como José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral.
As revelações na delação da empreiteira, que faturou 125 bilhões de reais em 2015 e reuniu 400 advogados para costurar o acordo, levam procuradores da força-tarefa da Lava Jato a constatar que “se os executivos comprovarem tudo o que dizem, a política será definida como a.O. e d.O.
O acordo de leniência da empresa deve ser fechado amanhã em Curitiba (PR).
Executivos da Odebrecht começam a assinar acordos de delação premiada
Executivos da empreiteira Odebrecht começaram a assinar nesta quarta-feira (23) acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato. A TV Globo apurou que 78 executivos da empresa devem assinar, individualmente, os acordos.
Após a assinatura dos acordos, os executivos passarão a prestar depoimentos ao MPF para confirmar as informações e os documentos que foram repassados nos termos de confidencialidade – espécie de pré-delação que antecede a assinatura do acordo de delação premiada.
Por envolverem dezenas de executivos, os depoimentos devem levar mais de um mês, uma vez que cada um deve ser ouvido individualmente.
A previsão é que os acordos só sejam enviados para homologação do Supremo Tribunal Federal (STF) no ano que vem.
A delação da Odebrecht é tida, no meio político, como a de maior potencial para provocar enorme impacto nas investigações.
Isso porque os executivos citaram mais de 200 nomes de políticos de diversos partidos.
Dentre os nomes citados estão o de políticos que concorreram à Presidência da República, governadores, senadores e deputados, além de politicos locais, com força em sua região.
Leia a notícia na íntegra no site do G1
No ESTADÃO: Multa com EUA é último passo para assinatura de acordo da Odebrecht
Leniência da empresa deve ser assinada nesta quinta e executivos começam a firmar delações
BRASÍLIA - A tratativa da delação premiada e da leniência da Odebrecht está a um passo de ser concluída. O último entrave na mesa, neste momento, é relacionada ao valor que será pago pela empresa aos Estados Unidos, como multa da leniência negociada entre as autoridades americanas, o Brasil e a Suíça. Os EUA pressionam por um valor maior, o que gerou um impasse na reta final das negociações.
No caso das delações, as tratativas foram encerradas e restam apenas as formalidades de assinatura do acordo. Parte dos advogados de delatores começou as assinaturas nesta quarta-feira, 23, e outra parte fará a formalização na quinta, 24. Segundo apuração do Estado, são 73 executivos delatores ao todo. Com a delação, cada um dos funcionários da empresa obteve acordo por uma pena mais amena.
Na tarde desta quarta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou pessoalmente nas negociações para resolver a questão. O valor da multa a ser paga pela empresa já estava acertado com a Odebrecht. Como o dinheiro será repartido entre os três países, a exigência de montante maior pelos americanos gerou um entrave na negociação. O empecilho, segundo apurou o Estado, deve ser resolvido entre a tarde desta quarta-feira e quinta. Há dois caminhos possíveis: ou aumenta a multa a ser paga pela empresa ou Brasil e Suíça liberam uma parte do valor para equacionar o impasse.
Advogados e procuradores envolvidos na negociação tentam assinar toda a documentação relativa aos acordos até quinta-feira, antes de Janot embarcar em viagem internacional. Na sexta-feira, 25, o procurador-geral da República viaja para a China, onde fica até o próximo dia 4.
Fluxo. Apesar de a fase de negociação estar praticamente concluída, o material ainda não será enviado ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Antes de encaminhar as delações para homologação, os procuradores precisam concluir a validação de depoimentos dos delatores, o que pode se estender até as vésperas do recesso do Judiciário, que terá início em 20 de dezembro.
No almoço desta quarta-feira, Janot se reuniu com procuradores e advogados que participam em Brasília de um seminário internacional sobre sistema acusatório. Na saída, se recusou a falar com jornalistas sobre o acordo de delação, mantido sob sigilo.
A expectativa é de que após a assinatura dos acordos de delação e leniência a Odebrecht divulgue um comunicado à sociedade sobre a situação do grupo.