Líderes do Pacífico prometem combater protecionismo e se voltam à China para comércio
Por Mitra Taj e Jeff Mason
LIMA (Reuters) - Líderes de países da região do Pacífico prometeram no domingo combater o protecionismo, e autoridades chinesas disseram que mais nações estão buscando se juntar ao bloco comercial liderado pela China depois que a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos aumentou temores de que os EUA podem desfazer acordos de livre comércio.
A campanha presidencial de Trump foi feita com base em promessas como retirar os EUA do acordo comercial Parceria Transpacífica (TPP) e também a ameaça de impor tarifas pesadas contra a China e o México.
Líderes do Pacífico responderam no domingo, afirmando que avançarão com o TPP.
"Reafirmamos nosso compromisso de manter nossos mercados abertos e combater todas as formas de protecionismo", disseram os líderes em comunicado da reunião de cúpula dos 21 países da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru.
Em sua última viagem ao exterior antes de deixar a Casa Branca em janeiro, o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que abandonar o TPP seria um erro para os EUA.
"Acho que não avançar irá afetar nossa posição na região e nossa capacidade de formar as regras do comércio global de uma maneira que reflita nossos valores e nossos interesses", disse Obama em entrevista à imprensa ao final da reunião.
Obama negociou o TPP, mas desistiu de buscar a aprovação do Congresso e diz que a ratificação do acordo cabe agora à administração Trump.
A China não faz parte do TPP e tem buscado uma visão alternativa do livre comércio na Ásia chamada Parceria Econômica Regional Abrangente, que não inclui atualmente países das Américas.