Crédito rural mais barato depende de ritmo de queda da Selic
Economistas ouvidos pela Globo Rural consideram possível a redução da taxa de juros da economia brasileira levar a um alívio no custo do crédito rural no médio prazo. No entanto, isso dependerá do ritmo do ajuste fiscal e da velocidade com que o Banco Central(BC) passará a reduzir a Selic, o que não ficou claro depois da decisão da semana passada.
Na última quarta-feira (19/10), O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic de 14,25% para 14% ao ano. A decisão foi unânime e sem viés, sinalizando que não deve haver alteração até a próxima reunião, em 30 de novembro. O Copom avaliou o movimento da inflação como positivo no curto prazo, mas indicou que o ajuste fiscal ainda “envolve incertezas”.
“O Banco Central sinalizou para o governo que o ajuste é o caminho correto, mas que ainda quer mais para continuar o afrouxamento monetário”, resume o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.
Ele acredita que o Banco Central fará novos cortes na Selic. E mais agressivos que o da semana passada. O economista diz que os indicadores ainda mostram baixo nível de atividade econômica e a redução da taxa de juros é uma das maneiras que o governo tem de estimular a demanda interna.
De modo geral, o mercado espera uma taxa Selic ainda menor até o final deste ano. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (24/10), a expectativa dos analistas do setor financeiro 13,5% ao ano, a mesma revelada na semana passada.
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