PF indicia Palocci por corrupção passiva na Lava Jato

Publicado em 24/10/2016 13:41

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira o ex-ministro Antonio Palocci por corrupção passiva na âmbito da operação Lava Jato e também indiciou outras cinco pessoas, entre elas o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e o publicitário João Santana.

O indiciamento será encaminhado ao Ministério Público Federal, a quem caberá decidir se oferece denúncia à Justiça contra os acusados pela Polícia Federal.

Segundo a PF, Palocci, que foi ministro dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, recebeu propina para atuar em favor da Odebrecht na contratação de navios-sonda para a Petrobras, na aprovação de medidas provisórias que beneficiariam a empreiteira e na concessão de um crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que a empresa atuasse em Angola.

No mesmo relatório, a PF também indiciou Marcelo Odebrecht por corrupção ativa.

O ex-marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, foram indiciados por lavagem de dinheiro, acusados de receber 11,7 milhões de reais em valores que, segundo a PF, tiveram origem em atos de corrupção praticados por Palocci e Marcelo Odebrecht.

Dois ex-assessores de Palocci também foram indiciados por corrupção passiva pela Polícia Federal.

Procuradas, as defesa de Palocci, João Santana e Mônica Moura não responderam imediatamente a pedidos por comentários. A assessoria de imprensa da Odebrecht não se manifestou imediatamente.

(Reportagem de Eduardo Simões)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

BNDES decide se abster de votar sobre dupla listagem da JBS nos EUA
Presidente chinês pode visitar EUA em um futuro não muito distante, diz Trump
Ibovespa sobe e fecha na máxima desde outubro orbitando 131 mil pontos
Ações dos EUA avançam conforme investidores avaliam dados econômicos e políticas de Trump
Haddad diz que isenção do IR até R$5 mil deve custar R$27 bi por ano
Testes para alta na mistura de etanol na gasolina apontam "desempenho consistente", diz MME
undefined