Janot é contra anular impeachment com base em acusação contra Cunha
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que é contra a anulação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff com base em uma acusação de suposto desvio de conduta do deputado licenciado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que autorizou a tramitação do pedido de afastamento da petista no Congresso Nacional.
Janot se posicionou, nesta segunda-feira (5), em relação a um processo ajuizado pela defesa de Dilma na Suprema Corte, em maio, questionando a atuação do peemedebista. A ação pedia a suspensão do processo de impeachment.
A peça judicial, apresentada ao STF pelos advogados da agora ex-presidente dias depois do afastamento de Eduardo Cunha do comando da Câmara, apontou que o peemedebista fez uso de "ameaças e chantagens" para tentar evitar que fosse aberto processo de cassação contra ele no Conselho de Ética da Casa.
Segundo o chefe do Ministério Público, não há como comprovar o suposto desvio de finalidade de Cunha na condução do processo de impeachment de Dilma para tentar salvar o mandato de deputado federal. Ele ponderou no parecer que as acusações contra o peemedebista se baseavam, em sua maioria, em reportagens jornalísticas.
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