Meta fiscal indica que ajuste fiscal no Brasil vai ser lento, diz Moody's
A agência internacional de risco Moody’s divulgou nota na sexta-feira (8) apontando que a meta fiscal para 2017 apresentada pelo governo “reforça a visão de que o ajuste fiscal no Brasil vai avançar a um ritmo muito lento durante esta administração”.
O comentário é assinado por Samar Maziad, analista sênior de risco soberano da Moody’s. Na quinta-feira (7), o governo anunciou que vai encaminhar ao Congresso uma proposta de meta fiscal com pedido de autorização para que seus gastos em 2017 superem a arrecadação com impostos, sem contar os juros da dívida pública, em até R$ 139 bilhões.
“Mesmo que a meta anunciada represente uma melhora em relação a 2016, ela foi maior do que a que tínhamos previsto”, disse Samar Maziad.
“Os números fiscais apresentados pelas autoridades ainda estão longe do necessário para deter a tendência crescente dos indicadores de dívida do Brasil. Nós estimamos que um superávit primário de cerca de 2% do PIB é necessário para estabilizar a proporção da dívida do governo.”
Grau de especulação
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota do Brasil e tirou o grau de investimento – selo de bom pagador – do país em fevereiro. A nota do país caiu dois degraus de uma vez: passou de Baa3, o último nível dentro do grau de investimento, para Ba2, que é categoria de especulação.
A agência também colocou o Brasil em perspectiva negativa, indicando que pode sofrer novo rebaixamento.
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