Dilma mentiu sobre encontros com Odebrecht, megadelações estão por vir

Publicado em 30/05/2016 08:46

Confira as principais notícias nesta segunda-feira (30), por João Batista Olivi:

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João Batista Olivi traz os destaques políticos desta segunda

 

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O Globo: As megadelações da Odebrecht e OAS vêm aí

Na Folha: 'Nós vamos pagar o pato do pato', diz Dilma sobre cortes

Uol: Dilma mentiu sobre encontros com Odebrecht

Na Folha: PT se divide sobre reação a crises de presidente interino, Michel Temer

Na Folha: Lula vê escolha de Dilma como seu erro mais grave, diz Sarney em áudio

Na Folha: Leia novos trechos gravados por Machado com Renan, Sarney e Jucá

Folha: Delator afirma que Lula discutia pessoalmente esquema na Petrobras

 

A Operação Lava-Jato está sob risco? NÃO!!! Isso não passa de delírio! (por REINALDO AZEVEDO)

Imprensa é acometida as SOC — Síndrome Olavo de Carvalho — e passa a ver conspirações onde não há. Extrema esquerda delirante e extrema direita fascistoide se juntam na fantasia

O que Romero Jucá pode fazer contra a Lava-Jato?
Resposta: nada!

O que o Renan Calheiros pode fazer contra a Lava-Jato?
Resposta: nada!

O que José Sarney pode fazer contra a Lava-Jato?
Resposta: nada!

O que Fabiano Silveira, ministro da Transparência, pode fazer contra a Lava-Jato?
Resposta: nada!

Vamos subir de patamar: o que Michel Temer pode fazer contra a Lava-Jato?
Resposta: nada!

E por que, então, se diz, se anuncia, se assevera e se tenta provar a existência de um grande complô contra a Lava-Jato?

Resposta: trata-se de uma espécie de alucinação coletiva, induzida pelo vazamento de gravações que só provam que Jucá, Renan, Sarney, Silveira ou Temer nada podem fazer contra a Lava-Jato!!!

A imprensa brasileira está contaminada por uma doença grave chamada SOC — Síndrome Olavo de Carvalho. Os acometidos dessa doença apontam conspirações as mais rocambolescas. E a prova maior de que estão em curso é não haver prova nenhuma.

A gente tem de se responsável nessas coisas. Se todas essas pessoas atuaram para atrapalhar a Lava-Jato, então cometeram tentativas — ou atos mesmo! — de obstrução da investigação e da Justiça. Se é assim, elas todas precisam ser denunciadas pelo Ministério Público, não? As que tiverem foro especial têm de ser levadas ao Supremo; as outras cairão justamente na Vara de Sergio Moro.

Bola no chão
Vamos botar a bola no chão. Isso tudo que se diz ser um complô contra a operação está em gravações feitas por Sergio Machado em que, nitidamente, ele induz os interlocutores, na base da amizade e do coleguismo, a lhe prestar solidariedade e a lhe oferecer ajuda — às vezes, sob ameaças nada sutis.

Imaginem se um dos interlocutores dissesse a Machado algo como: “Ora, fique tranquilo, quando Temer for presidente, eu falo com ele para a gente limpar a sua barra”. Cumpre indagar: tal fala seria um crime? Não! Temer teria necessariamente algo a ver com isso? Não! Afirmar que vai falar com o presidente é sinônimo de ter falado com o presidente? Não. Mas isso ainda é pouco.

Alguém conseguiria abafar a Lava-Jato sem a conivência de Rodrigo Janot?

Alguém conseguiria abafar a Lava-Jato sem a conivência do juiz Sergio Moro?

Alguém conseguiria abafar a Lava-Jato sem a conivência dos procuradores?

Alguém conseguiria abafar a Lava-Jato sem a conivência dos delegados da PF que estão na operação?

Essa conversa só está servindo para alimentar as teorias conspiratórias da extrema direita retoricamente hidrófoba, à moda Olavo de Carvalho, e da extrema esquerda brucutu, que agora estão unidas da crítica ao impeachment. Olavo, o guru do golpismo militar, virou ídolo dos comunas e dos petistas… É evidente que todos eles se merecem.

Qual é a origem dessa conversa?
Vamos chamar as coisas pelo nome? É claro que o senhor Sérgio Machado foi instruído pela Lava-Jato a gravar suas conversas para produzir provas. Havia e há, sim, na operação pessoas que temiam uma eventual tentativa do novo governo de interferir na investigação. Os vazamentos das conversas de Machado, com falas tão precisas e com endereço certo, são uma espécie de vacina contra o inexistente espírito interventor.

Qualquer um com um mínimo de conhecimento sabe que não há nem intenção de crime naqueles bate-papos. Nada! O procurador mais imaginoso não teria e não terá o que fazer com eles. A divulgação foi só um esforço adicional — e, a meu ver, desnecessária —  para blindar a operação. Quem quer que tenha optado por isso cometeu um erro.

É evidente que isso lança uma sombra de suspeição sobre o novo governo, que se dá a partir do nada. Os petistas, claro!, estão embarcando na onda, como se isso lhes fosse favorável, o que também é falso. Serve apenas para jogar a política ainda mais no descrédito, para aumentar o clima de suspeição e retardar a estabilidade.

Sem dúvida, a Lava-Jato fica ainda mais forte, ainda mais intocável, ainda mais acima das vicissitudes. Só não pode ir para a estratosfera, onde se torne imune até às regras do jogo, não é mesmo?

Rodrigo Janot e os demais procuradores, em particular o sempre loquaz Deltan Dalagnol, estão obrigados a vir a público assegurar que ninguém está tentando meter a mão grande na operação — até porque não está. Essa ação preventiva de blindagem foi longe demais e lançou no mercado político uma ameaça que simplesmente inexiste.

Não é o triunfo da lei que queremos? Pois, então, que seja seguida. A tal SOC — Síndrome Olavo de Carvalho — é uma séria doença do espírito. Depois que acomete o sujeito, só vai embora com exorcismo…

Sai, capeta! Vamos tratar de coisas deste mundo!

 

Alô, Temer! Urge fazer o “Livro Vermelho da Herança Maldita do PT”

O presidente Michel Temer precisa se apressar. Antes que as mentiras contadas pelo PT sejam maciçamente repetidas na imprensa, inclusive por jornalista desavisados. Os “avisados” já o fazem com o desassombro de sempre. A que me refiro?

Temer tem de mandar fazer, imediatamente, o “Livro Vermelho da Herança Maldita do PT”. É preciso que o novo governo consolide, com a máxima rapidez e a máxima precisão, os números da economia. Não só: é preciso fazer também uma radiografia dos ministérios, seu orçamento, os restos a pagar, os pepinos que a velha ordem deixou de presente para a nova.

 
 

No domingo, Dilma Rousseff já concedeu uma entrevista à Folha em que se mostra, ora vejam, muito preocupada com a saúde e com a educação. Aquela que deixa um estoque de 11 milhões de desempregados — daqui a pouco, três milhões deles deixarão de receber o seguro-desemprego — resolveu fazer proselitismo contra o corte de gastos.

É claro que não é o caso de paralisar o governo para fazer uma auditoria. Isso não é necessário. Mas é preciso que se evidenciem com todos os números os cortes que a própria gestão Dilma já havia operado nos programas sociais. Mais: é necessário descer a detalhes. O país tem de saber quanto custou aos cofres públicos a necessária elevação de juros para conter a desastrada política econômica que levou à disparada da inflação.

O Brasil não pode mais conviver com o discurso dos farsantes, que põem seus brucutus na rua para protestar contra o corte dos gastos sociais, sem que se deixe claro que o petismo, nos últimos três anos, exerceu a mais ruinosa de todas as políticas para os pobres: aquela que consistiu em juros cavalares, inflação nas alturas e dois anos seguidos de recessão na casa dos 4%.

Que o presidente Temer e seus assessores não sejam ingênuos: ou esses dados são tornados disponíveis, com todos os anexos necessários para explicá-los, ou a canalha esquerdista ainda emplaca a versão de que um governo que se preocupava com o social foi substituído por um que só se preocupa com as contas. Os petistas inventam esses contrastes mixurucas sem medo de parecer ridículos. Aliás, a gente sabe que eles não temem coisa bem pior do que isso, como evidenciam os mais de 13 anos de governo.

E não! Não se trata de arrumar feiticeiros antipetistas para demonizar o partido. Que o governo chame analistas independentes para verificar os números e revisar a auditoria. Não estou propondo que a gerstão Temer responda chicana com chicana, discurso com contradicurso. Estou é cobrando que os verdadeiros números sejam expostos. Só a verdade liberta o país desses picaretas.

Entendo que esse levantamento é prioridade. Vejam lá: bastou levantar um pouquinho o véu da TV Brasil, e os descalabros foram aparecendo, não é? E olhem que estou falando de uma área que gasta, sim, uma fábula, mas que representa muito pouco no conjunto dos desembolsos do governo.

É preciso fazer o “Livro Vermelho da Herança Maldita do PT” e deixá-lo disponível na Internet. O brasileiro tem o direito de saber o que a rapinagem fez com o país.

Por: João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas + VEJA

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