Economia da América Latina e Caribe ficará estagnada em 2016, diz Banco Mundial
(Reuters) - A economia da América Latina e do Caribe deve ficar estagnada em 2016, após retração de 0,9 por cento esperada para 2015, tornando-se a região emergente com o pior desempenho, segundo o mais recente relatório do Banco Mundial divulgado nesta quarta-feira.
Segundo o relatório sobre perspectivas econômicas globais do Banco Mundial, a América Latina somente voltará a crescer a partir de 2017.
O documento mostra uma região em duas velocidade: a América do Sul que recua devido à recessão de economias como o Brasil e a Venezuela, e a que cresce moderadamente no México, América Central e no Caribe.
Apesar disso, o Banco Mundial reduziu as perspectivas para o próximo ano para a América Latina e para a maioria dos países em relação às estimativas de outubro, e vê "um equilíbrio de riscos para os prognósticos regionais que se inclina fortemente para baixo".
A previsão para o desempenho da economia brasileira neste ano foi revista para contração de 2,5 por cento, ante previsão em outubro de retração de 0,61 por cento.
O Banco Mundial também alertou para o risco de uma debilidade prolongada da economia no Brasil e na Venezuela, que "estão lidando com inflação alta e retração da atividade, além de desequilíbrios macroeconômicos e incerteza política".
Veja abaixo algumas das projeções do Banco Mundial:
País 2015 2015 2016 2016
Previsão Nova Previsão Nova
outubro estimativa outubro estimativa
Argentina 0,67 1,7 0,90 0,7
Bolívia 4,0 4,0 4,10 3,5
Brasil -2,58 -3,7 -0,61 -2,5
Chile 2,18 2,1 2,60 2,4
Colômbia 2,85 3,1 2,93 3,0
Costa Rica 2,70 2,8 3,50 4,0
República Dominicana 5,00 5,6 4,90 4,6
Equador -0,80 -0,6 -1,90 -2,0
El Salvador 2,20 2,4 2,30 2,5
Guatemala 3,70 3,7 3,50 3,6
Honduras 3,30 3,4 3,50 3,4
México 2,35 2,5 2,96 2,8
Nicarágua 4,50 3,9 4,60 4,2
Panamá 5,90 5,9 6,00 6,2
Paraguai 3,90 2,8 4,00 3,6
Peru 2,79 2,7 3,62 3,3
Uruguai 2,10 1,5 2,30 1,9
Venezuela -7,37 -8,2 -3,75 -4,8
América Latina 0,00 -0,9 1,00 0,0
e Caribe
(Por Javier López de Lérida)