Na Veja: Cunha na oposição provoca 'crisezinha política', diz Temer
O vice-presidente da República, Michel Temer, tentou nesta segunda-feira minimizar a grave crise política que atravessa o país. O peemedebista afirmou que existe uma "crisezinha" por causa da decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de se tornar oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. "O Cunha fez declaração de natureza pessoal e fez questão de registrar esse fato. O próprio partido se manifestou que não significa o afastamento do PMDB, significa o afastamento dele", afirmou Temer em rápida conversa com jornalistas, após fazer uma palestra para investidores e acadêmicos em Nova York.
"Crise institucional não existe. É uma crise política, mas não institucional", disse Temer, ao falar sobre o momento atual em Brasília. "O Brasil vive uma tranquilidade institucional apesar de todos esses embaraços. Esses incidentes ou acidentes que acontecem de vez em quando não devem abalar a crença no país", afirmou o vice-presidente aos jornalistas. Temer disse que vai continuar a manter o diálogo com o Congresso Nacional, "que tem sido sensível às nossas afirmações, às nossas postulações", ressaltou na entrevista. "Devemos superar essa breve crise política que estamos tendo no momento."
Questionando sobre a posição que tem sido defendida em Brasília por alguns políticos, como o deputado federal Jarbas Vasconcelos, sobre o afastamento de Eduardo Cunha do Congresso enquanto é investigado pela Lava Jato, Temer disse que é uma questão a ser resolvida pela casa. "É uma decisão do Congresso Nacional. Quanto menos tivermos embaraços institucionais é melhor para o país."
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