Ibovespa sobe puxado por Petrobras e Vale; DIs têm alta após Relatório de Inflação

Publicado em 24/06/2015 13:21
 

SÃO PAULO - O Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira (24) puxado por notícias positivas no ambiente corporativo das blue chips a despeito do cenário externo conturbado. Depois de um alívio nos últimos dois dias, a Grécia voltou a ficar longe de um acordo com os seus credores internacionais. Por aqui o índice reflete o Relatório Trimestral de Inflação, no qual o Banco Central elevou as projeções de inflação de 7,9% para 9,0% no fim de 2015 e disse que os avanços ainda são insuficientes apesar do cenário de convergência para 2016 ter se fortalecido.
 
Às 12h14 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 0,53%, a 54.057 pontos. Já o dólar para julho fica estável, com leve variação positiva de 0,06%, a R$ 3,0793 na compra e a R$ 3,0800 na venda. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2016 subia 12 pontos-base, para 13,96%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 subia 7 pontos-base, para 12,67%.
 
Segundo o analista da WinTrade, Bruno Gonçalves, o que movimenta a Bolsa hoje são notícias pontuais do cenário corporativo, já que a questão grega ficou ainda mais indefinida hoje, assim como a possível elevação dos juros dos EUA pelo Federal Reserve. "Petrobras e Vale sobem com notícias de Capex. Os bancos são beneficiados pelos juros mais altos apesar da recessão da economia e da inadimplência aumentando", explica. Na opinião dele, as informações divulgadas pelo Banco Central também ajudam o setor.
 
No RTI (Relatório Trimestral de Inflação), o BC também disse que os avanços obtidos até agora pelo aperto monetário com o objetivo de reduzir a inflação ainda são insuficientes, deixando aberta a possibilidade de novos aumentos nos juros para as próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária). Apesar disso, a autoridade monetária diz que o cenário de convergência para 2016 tem se fortalecido.
 
Já nos Estados Unidos, no primeiro trimestre de 2015, a queda do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA foi de 0,2%, na comparação anual de acordo com a segunda prévia divulgada nesta quarta-feira (24). O crescimento foi, portanto, abaixo dos 2,2% de expansão registrados no trimestre anterior, mas acima da segunda prévia, na qual mostrou avanço de 0,7%. A expectativa do mercado era de que a retração fosse realmente de 0,2%.

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