ARROZ DO MST: Dilma promove a Agricultura da Miséria (Façam as Contas)...

Publicado em 22/03/2015 06:45
por EDUARDO LIMA PORTO, do blog CUSTODOAGRO

Dilma promove a Agricultura da Miséria (Façam as Contas)....

 

No evento promovido pelas entidades ligadas ao MST (movimento sem personalidade jurídica) em Eldorado do Sul/RS ontem, que reuniu mais de 6.000 militantes e seguidores, mostrou o quanto Dilma e a Esquerda em geral são Mentirosos. 

Disse ela: "Nós estamos vendo aqui hoje que é possível desenvolver uma agricultura familiar de alta qualidade nos assentamentos. Estou falando para todo o Brasil ouvir. Essa é uma experiência que deu certo e que mostra que os assentamentos de Reforma Agrária representam um alto negócio para os assentados e para o país”

Segundo informações colhidas na imprensa, o trabalho da Cootap (Cooperativa que congrega 15 assentamentos no RS), reúne 522 famílias em 12 municípios.

Os resultados festejados pela Presidente foram, em resumo, os seguintes:

- Produção Total: 463.467 sacas de Arroz (1 saca = 50kg);
- Área Cultivada: 4.648 hectares
- Produtividade: 99,71 sacas/hectare

Sobre os dados acima, cabe uma rápida avaliação econômica:

- Preço do Arroz - 20/03/2015: R$ 35,00/saca (média do RS)
- Receita Potencial: R$ 16.221.345,00

Admitindo, apenas por Amor ao Debate, que atividade agrícola tenha gerado uma Margem de 25%, teremos então um Lucro Bruto de R$ 4.055.336,25.

Se efetivamente for verdade que 522 famílias estiveram envolvidas no processo de produção, significa dizer que cada família assentada teve em média um Rendimento Bruto Anual de R$ 7.768,84.

Assumindo que as informações divulgadas são verdadeiras, chega-se a uma Renda Mensal Média de R$ 647,40 por família assentada.

Considerando que o conceito de atual de família envolve pelo menos um casal, o empreendimento agrícola modelo gerou R$ 323,70/mês por pessoa.

Enquanto isso, o Piso Nacional do Salário Mínimo é de R$ 788,00/mês e no Rio Grande do Sul os trabalhadores da Agricultura não podem ganhar menos de R$ 1.006,88 mensais.

Me parece que trabalhar por valores menores do que o Salário Mínimo é inaceitável. Alguns, poderão até afirmar que se trataria de "Trabalho Escravo".

Cabe colocar em relevo outras questões, sem entrar no mérito da Politicagem:

1) Notadamente estiveram presentes ao redor de 6.000 pessoas e não tenho motivos para não acreditar na capacidade de adesão do MST. Tamanha junção envolve um planejamento criterioso, sem falar nas despesas de transporte e alimentação. Estimando por baixo, acredito que o custo de cada participante pode ter facilmente alcançado R$ 40,00, significando um dispêndio de pelo menos R$ 240.000,00;

2) A infra-estrutura colocada a disposição do evento incluiu milhares de cadeiras, um enorme toldo e um sistema de sonorização. Tendo em conta a experiência de quem já participou de muitos Dias de Campo e Feiras Agrícolas, posso afirmar que por baixo esse custo foi não menos do que R$ 150.000,00;

3) Pelo que se viu, a Presidente saiu de Brasilia especialmente para o evento e trouxe vários convidados consigo. Possivelmente, outros vieram de diferentes pontos do País ou mesmo do RS, mas não acredito que tenham pago as despesas do próprio bolso. O tempo de vôo entre Brasilia e Porto Alegre em avião de carreira é de aproximadamente 2:30hs. Conversei com um Piloto de Air-Bus A319 (o mesmo avião da Dilma), que me comentou que o custo/hora/vôo pode atingir USD 12.000,00. Considerando que são necessárias 5 horas (ida e volta), a Presidente teria gasto ao redor de R$ 200.000,00, apenas para discursar e fingir que dirigiu uma Colheitadeira;

4) Não tenho como estimar os gastos com o helicóptero e nem com as centenas de veículos públicos que certamente deram cobertura logística ao evento do MST, transportando, inclusive, o Chefe do Exército do Lula (João Pedro Stédile).

Os dados acima demonstram tacitamente como os Recursos Públicos são desperdiçados, sem qualquer pudor, no Brasil.

A estrutura de armazenagem e secagem dos grãos foi financiada pelo BNDES durante a gestão de Tarso Genro no RS.

Esse financiamento foi concedido a "Fundo Perdido" para o MST? 

Como pode uma Entidade sem Personalidade Jurídica obter um Financiamento Federal?

Considerando o baixíssimo ingresso de cada Assentado, como é que o financiamento será pago?

Está explicado porque Stédile esbravejou contra a "Classe Média Reacionária" que protestou contra o Governo em 15 de Março. Até de "Santa" se referiu a Dilma.

Enquanto isso, a "Classe Média" e o "Agronegocio" que sustentam esse País seguem sendo DEMONIZADOS, em discursos, eventos e propagandas realizadas com o Dinheiro Público.

 

OUTRO LADO (blog Brasil de Fato):

O Brasil tem de saber que a agroecologia é possível, afirma Dilma

 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta participou da 12°Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, no Rio Grande do Sul

 

A presidenta Dilma Rousseff disse, nessa sexta-feira (20), que a sociedade brasileira precisa saber que a agroecologia é possível como modelo de produção no país. Ela participou da 12°Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, nos Assentamentos Integração Gaucha e Lanceiros Negros, em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre (RS).

“O Brasil tem de saber que isso é possível. Falo da abertura oficial da colheita desse arroz agroecológico e mostro, ao falar disso, uma estrutura que está baseada nos assentados da reforma agrária que mostra a qualidade e as possibilidades que um assentamento de reforma agrária tem para o Brasil", declarou às mais de 5 mil famílias assentadas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) gaúcho.

Ela acrescentou que a “agricultura familiar baseada em assentamentos da reforma agrária é um alto negócio para as famílias e para o país”. A presidenta elogiou ainda a nova estrutura da unidade de secagem e armazenagem de arroz da Cooperativa dos Trabalhadores em Assentamos da Região de Porto Alegre (Cooptap), com capacidade para 80 mil sacas.

A nova unidade teve financiamento de R$ 3,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do programa Terra Forte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

De acordo com o MST, atualmente, a maior produção de arroz orgânico do país é oriunda dos assentamentos gaúchos, que possuem uma área cultiva de 4 mil hectares, envolve mais de 450 famílias, em 14 assentamentos. A meta da na safra de 2015 é atingir a produção de 443 mil sacas.

“Estou aqui saudando três pilares, que estruturam a reforma agrária. Primeiro, a existência de trabalhadores, agricultores e agricultoras, de famílias que se organizaram em cooperativas; segundo, que não ficaram só na produção e que estão apostando em algo muito importante que é a produção agroecológica, perto de uma grande metrópole como é Porto Alegre. E portanto, criaram não só a produção, mas o beneficiamento, armazenagem, o ensacamento e como estava dizendo para mim o presidente da cooperativa, aqui onde nós estamos vai ser a indústria, o que é muito simbólico, nós estamos justamente em cima do lugar onde vai ser construída essa indústria”, disse a presidenta.

 
  Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Reforma Agrária

Para o coordenador nacional do MST no Rio Grande do Sul, Cedenir de Oliveira, a festa da colheita do arroz agroecológico não é somente uma conquista das famílias assentadas, mas a reafirmação da necessidade da Reforma Agrária Popular, pois demonstra que somente a partir desse modelo é possível produzir alimentos orgânicos e de qualidade, também em grande escala.

“Essa forma de produção de arroz agroecológico representa uma das maiores experiências de cooperação agrícola do país, em que as famílias assentadas coordenam toda a cadeia produtiva”, explicou o coordenador estadual do setor de produção do MST, Pardal Martins.

O modelo de produção adotado pelas famílias assentadas engloba um conglomerado econômico com vários níveis de cooperação: produção agrícola, agroindustrialização e comercialização. Segundo Martins, possui um processo inovador de gestão, coordenado por um Grupo Gestor que organiza as famílias produtoras em grupos de bases, como grupos de produtores e cooperativas coletivas.

Histórico

O arroz agroecológico começou a ser cultivado em 1999 nos assentamentos de Reforma Agrária da região metropolitana de Porto Alegre.

A comercialização do produto é coordenada pela Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), responsável pela inserção desse produto no mercado, e que detém a marca comercial “Terra Livre”.

A maior parte da produção de arroz é comercializada no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o restante no mercado convencional, em supermercados e redes, como a rede Pão de Açúcar.

Desde 2004, o arroz recebe o certificado de produto orgânico com base em normas nacionais e internacionais, em todas as etapas da cadeia produtiva.

O MST informou que, atualmente, 13.400 mil famílias estão assentadas no Rio Grande do Sul, vivendo em mais de 300 assentamentos de reforma agrária.

Fonte: Blog custodoagro

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