Petróleo cai 1% para mínima de uma semana com dados econômicos fracos da China e da Alemanha
Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram cerca de 1% nesta terça-feira, atingindo uma mínima de uma semana, com preocupações com demanda, após a divulgação de notícias econômicas negativas da Alemanha e da China, enquanto os investidores permaneceram cautelosos antes de decisão do Federal Reserve dos Estados Unidos sobre as taxas de juros.
Os contratos futuros do Brent caíram 0,72 dólar, ou 1,0%, a 73,19 dólares por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA caiu 0,63 dólar, ou 0,9%, a 70,08 dólares.
Esse foi o menor fechamento do Brent desde 10 de dezembro e reduziu o prêmio do Brent sobre o WTI para uma mínima de 12 semanas de 3,54 dólares por barril, com base nos contratos de fevereiro.
Os analistas disseram que quando o prêmio do Brent sobre o WTI cai abaixo de 4 dólares por barril, não faz tanto sentido econômico para as empresas de energia enviar navios para buscar petróleo dos EUA, o que deve resultar em menores exportações dos EUA.
Na China, a segunda maior economia do mundo, o crescimento da produção industrial acelerou ligeiramente em novembro, enquanto que as vendas no varejo decepcionaram, mantendo vivos os apelos para que Pequim aumente o estímulo voltado para o consumidor, já que os formuladores de políticas se preparam para mais tarifas comerciais dos EUA quando o presidente eleito Donald Trump assumir o cargo pela segunda vez.
Na Alemanha, o ânimo das empresas piorou mais do que o esperado em dezembro, de acordo com uma pesquisa do Instituto Ifo, prejudicado pela avaliação pessimista das empresas em relação aos próximos meses, em meio à incerteza geopolítica e a uma queda industrial na maior economia da Europa.
"A única coisa boa sobre o índice Ifo da Alemanha, que acaba de ser divulgado, é que ele é o último indicador macroeconômico importante divulgado este ano. É hora de... encerrar um ano que será considerado o segundo ano consecutivo de estagnação econômica", disseram os analistas do banco ING em uma nota.
(Reportagem de Scott DiSavino em Nova York, Paul Carsten em Londres, Colleen Howe em Pequim e Siyi Liu em Cingapura)