Petróleo dispara mais de 3% nas bolsas após interrupção no principal campo petrolífero da Líbia

Publicado em 03/01/2024 16:32
Fato se soma às contínuas tensões no Oriente Médio, com ataques no Mar Vermelho e conflito Israel-Hamas

Os preços futuros do petróleo saltam mais de 3% nesta quarta-feira (03), dando suporte para diversas commodities agrícolas, repercutindo os temores com a oferta do óleo. Uma interrupção no principal campo petrolífero da Líbia se soma as tensões de meses no Oriente Médio, segundo a Reuters.

Por volta das 16h24 (horário de Brasília), o petróleo WTI tinha valorização de 3,31%, a US$ 72,71 o barril. Enquanto o tipo Brent saltava 3,06%, negociado a US$ 78,21. Ambos os mercados operam nesta tarde muito próximo das máximas do dia e abrem caminho para reversão de baixas recentes no mercado.

"A paralisação de Sharara [membro da OPEP] certamente contribui para a alta dos preços, especialmente do Brent", disse Viktor Katona, da empresa de análise de energia Kpler, que avaliou a interrupção como provavelmente de curta duração.

Os preços do petróleo também têm impulso dos contínuos ataques a navios no Mar Vermelho por combatentes Houthi, segundo a agência de notícias.

O grupo apoiado pelo Irã, um importante produtor de petróleo, no Iémen disse ter como "alvo" um navio porta-contêiner com destino a Israel, um dia depois de o Comando Central dos EUA ter dito que os Houthis dispararam dois mísseis balísticos antinavio no Sul do Mar Vermelho.

Além disso, as tensões Israel-Hamas permanecem no Oriente Médio, com novos bombardeios na Faixa de Gaza. Os comerciantes de energia temiam que um conflito mais amplo no Oriente Médio pudesse fechar vias navegáveis ​​cruciais como o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico para o transporte de petróleo e impactar os fluxos comerciais.

A Reuters também destaca que duas explosões mataram mais de 100 pessoas no Irã, membro da OPEP, e feriram dezenas numa cerimônia em homenagem ao comandante Qassem Soleimani, que foi morto por um drone dos Estados Unidos em 2020.

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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