Preços do petróleo sobem cerca de 6% nesta 2ª com possível suspensão do óleo russo
Os preços do petróleo subiam cerca de 6% nas bolsas internacionais nesta manhã de segunda-feira (07). O mercado analisa o risco de uma proibição dos Estados Unidos e da Europa ao óleo russo, além de atrasos nas negociações iranianas, que poderiam elevar a oferta global.
Às 08h49 (horário de Brasília), o petróleo WTI subia 5,98%, ou US$ 6,92 o barril, a US$ 122,60 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 124,86 o barril com valorização de 5,72%.
Ontem, o mercado do petróleo atingiu seu nível mais alto de preço desde o ano de 2008 e, agora, estende esses ganhos. O suporte ocorre em meio aos temores com a oferta do óleo em uma possível sanção, além dos atrasos do petróleo iraniano aos mercados globais.
"Se o Ocidente cortar a maior parte das exportações de energia da Rússia, seria um grande choque para os mercados globais", disse o economista-chefe do BofA, Ethan Harris, para a agência de notícias Reuters. A Rússia já busca alternativas diante desse cenário.
Harris estima que a perda dos 5 milhões de barris da Rússia pode fazer os preços do petróleo dobrarem para US$ 200 o barril e reduzir o crescimento econômico globalmente. A Rússia exporta hoje cerca de 7 milhões de bpd de petróleo e produtos refinados ou 7% da oferta global.
"Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, enquanto, é claro, ao mesmo tempo, mantemos um fornecimento global estável de petróleo", disse secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken para a NBC.
"O Irã era o único fator de baixa real que pairava sobre o mercado, mas se agora o acordo iraniano atrasar, poderemos chegar ao fundo dos tanques muito mais rápido, especialmente se os barris russos permanecerem fora do mercado por muito tempo", disse Amrita Sen, cofundadora da Aspectos Energéticos, um grupo de reflexão.
Analistas do JP Morgan disseram nesta semana que o petróleo pode subir para US$ 185 por barril este ano.